Moradores carentes de Curitiba recebem 15 toneladas de alimentos

Doações são arrecadas e distribuídas por um grupo de 20 voluntários.

Thais KaniakDo G1 PR

Cerca de 300 famílias carentes de Curitiba recebem 15 toneladas de alimentos neste sábado (15). Os moradores da Vila Tingui e da Saibreira, no Barreirinha, irão ganhar senhas para retirar as doações. Cada caixa será abastecida com 50 quilos de feijão, um pacote de arroz e de açúcar, quatro pacotes de bolachas, uma lata de leite e em pó e de achocolatado em pó. 

“Eu fico uma pilha de nervos [durante a organização]. Na hora da entrega, eu choro porque deu certo. É muito legal ver a carinha deles. No ano passado, cada carro que saía da favela era aplaudido”, conta a assessora jurídica Kátia Moraes, de 47 anos, organizadora do evento.

Kátia relata que há alguns anos sentiu vontade de ajudar as pessoas que são, geralmente, esquecidas. Junto com o irmão e um casal de amigos, em 2008, fundou a Casa das Orquídeas, um centro espiritualista de caridade, na Vila Tingui.

Atualmente, a casa conta com 20 voluntários e a assessora jurídica exemplifica com números o quanto o crescimento é visível. "Em 2008, conseguimos arrecadar 100 quilos.  A primeira tonelada veio no ano de 2009. Já, em 2010, foram seis toneladas e, em 2011, dez toneladas de alimentos".

Ela explica que é uma ação entre amigos e que o governo também já contribuiu com doações de  arroz, açúcar e feijão. “A gente faz o que é possível. É muito mais presente nosso do que para eles que recebem”, afirma. A voluntária destaca que a intenção é fazer algo pelo próximo, principalmente, àqueles que não são lembrados. “Às vezes, eles são esquecidos porque as pessoas têm medo de entrar em uma favela”.

Papai Noel Azul

O Papai Noel Azul distribuiu durante a semana mais de 1.200 brinquedos para alunos de duas escolas municipais do Tatuquara e da CIC e, também, para menores da Associação Curitibana dos Órfãos da Aids (ACOA), na capital paranaense.

As crianças escreveram cartas com o que gostariam de ganhar de Natal e os guardas municipais e policiais civis, que participarm do projeto existente há 11 anos, arrecadaram os presentes. Bolas de gude, bonecas, patins e bicicletas estavam entre os pedidos.

Uma das idealizadoras da ação, a agente da Guarda Municipal, Maria da Conceição Oliveira Barros, explica que os locais de doação foram previamente analisados para que as crianças que, realmente, precisam de ajuda fossem priorizadas. “A gente vê a simplicidade destas crianças. Elas já não esperam muito, e ficam felizes com aquilo que ganharem”, diz.