Como assistir ao eclipse "anel de fogo" que acontece nesta quarta-feira (2)
Esse fenômeno ocorre quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, mas com um diâmetro aparente menor que o do Sol.
Por Redação Galileu - 30/09/2024
O eclipse anular do Sol em outubro de 2023, observado a partir do município de Canaã dos Carajás (PA) — Foto: Marcelo Domingues (CASB)
O fenômeno, conhecido como eclipse solar anular, envolve o bloqueio parcial da luz do Sol. Ele será visível nos estados mais ao sul do Brasil, e terá transmissão ao vivo pelo Observatório Nacional
Nesta quarta-feira (2), os habitantes de partes das regiões sudeste, centro-oeste e em toda a região sul terão a oportunidade de observar um raro evento celeste: um eclipse solar anular. Popularmente conhecido como "anel de fogo", esse fenômeno ocorre quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, mas com um diâmetro aparente menor que o do Sol.
Observado pela última vez em outubro do ano passado, este eclipse poderá ser visto em uma estreita faixa que atravessa os oceanos Pacífico e Atlântico, além do extremo sul da América do Sul, como o Chile e a Argentina. Os municípios do extremo sul do Rio Grande do Sul terão a visão mais privilegiada do Brasil, com uma área eclipsada ainda maior.
De acordo com o Observatório Nacional (ON), para conseguir uma melhor visualização do fenômeno é fundamental escolher um local com vista desobstruída para o oeste, já que o eclipse ocorrerá próximo ao pôr do sol. No Rio de Janeiro, o evento começará às 17h01, atingirá seu pico às 17h42, e o Sol irá se pôr às 17h52.
Eclipse anular?
Um eclipse anular, também chamado de parcial, ocorre quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra, bloqueando parcialmente a luz solar. A região de sombra mais densa, onde a luz é completamente obstruída, é conhecida como umbra. Em torno da umbra existe uma sombra mais leve, chamada penumbra, onde a luz é parcialmente obstruída. No Brasil, será a penumbra que poderá ser observada.
“Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, ou próxima deste ponto, fazendo com que pareça menor do que o sol no céu", explica Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, em comunicado. "A frequência com que os eclipses do Sol ocorrem é em média 2 vezes por ano, podendo ser somente parciais, anulares ou totais. O último eclipse anular do Sol ocorreu em 14 de Outubro de 2023 e foi visto em uma parte do Brasil."
A especialista ainda esclarece que esses fenômenos astronômicos ocorrem em sequência devido à inclinação da órbita da Lua em relação à Terra. Normalmente, um eclipse solar sempre ocorre cerca de duas semanas antes ou depois de um eclipse lunar. O "anel de fogo" que será visível nesta quarta-feira está relacionado ao eclipse lunar parcial de 17 de setembro, quando a sombra da Terra cobriu parte da Lua.
Em 2023, o Observatório Nacional transmitiu o evento em seu canal no YouTube, que hoje conta com 2,2 milhões de visualizações. Este ano, o impressionante fenômeno será novamente transmitido ao vivo, em parceria com astrônomos do Projeto "Céu em sua Casa: observação remota" e com o Time And Date, uma organização astronômica internacional.
No entanto, para quem planeja observar o eclipse a olho nu, é importante adotar medidas de proteção adequadas. "Em hipótese alguma olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada. Óculos escuros, chapas de raio-X ou outros filtros caseiros não protegem contra os danos", alerta a astrônoma. "É essencial utilizar filtros certificados, como os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14".
https://revistagalileu.globo.com/ciencia/espaco/noticia/2024/09/como-assistir-ao-eclipse-anel-de-fogo-que-acontece-nesta-quarta-feira-2.ghtml
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