Incêndios em Mato Grosso — Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Ao menos três municípios do Mato Grosso, na região Centro-Oeste, cancelaram o desfile do Sete de setembro por conta das altas temperaturas e má qualidade do ar. Nas últimas 24 horas, o estado lidera o número de focos de queimadas no país, com 933, como aponta o relatório mais recente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

Como noticiou o portal Só Notícias, as prefeituras de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum informaram que, visando reduzir os riscos à saúde de seus cidadãos, as agendas relativas ao dia da Independência do Brasil seriam alteradas.

Em Lucas do Rio Verde, embora o desfile tenha sido cancelado, ainda haverá um Ato Cívico com início às 6h45 para hasteamento das bandeiras e apresentação da Banda Musical Lucas do Rio Verde. O mesmo deve ocorrer em Sorriso. Já em Nova Mutum são esperados aproximadamente 200 jovens em frente à prefeitura para realização do ato de juramento da bandeira.

Biomas Afetados

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combate incêndios florestais em três biomas diferentes encontrados no estado: Amazônia, Pantanal e Cerrado. Os focos estão distribuídos por todo o solo mato-grossense.

Na Chapada dos Guimarães, os bombeiros dão apoio ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no incêndio que atinge o Parque Nacional. O lugar é uma das principais atrações turísticas do Mato Grosso e sua área de 33 mil hectares possui uma vegetação típica do Cerrado. 

No Pantanal mato-grossense, os bombeiros se encontram na Terra Indígena Baía dos Guató e na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, no município de Barão de Melgaço (MT).

Já ao no centro-norte e norte do estado, os incêndios afetam o bioma amazônico, encontrado em municípios como Novo Mundo, Juscimeira e Diamantino.

Estado de Emergência

Na última sexta-feira (30 de agosto), o Governo do Mato Grosso decretou situação de emergência no estado devido à seca severa e aos incêndios florestais. O decreto n.º 989/24 tem duração de 180 dias e considera o aumento exponencial dos focos de calor e queimadas florestais em seus biomas, principalmente no Pantanal. Assim, as autoridades competentes ficam autorizadas a ado-tar medidas que julgam necessárias para o combate e prevenção dos incêndios.

Além disso, a medida considera diversas condições climáticas e meteorológicas no estado, como a estiagem prolongada, altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e ventos intensos, que criam condições favoráveis para surgimento e manutenção de focos de incêndio.