Efeito do ciclone extratropical em Muçum (RS), um dos 83 municípios atingidos em setembro de 2023. — Foto: Maurício Tonetto/Secom - Governo do RS

Chamado Akara, nome indígena do acará, uma espécie de peixe de rio, ele vai atingir a máxima intensidade muito longe da costa do Sudeste e não deve causar perigo em terra

Por Ana Lucia Azevedo, do jornal O Globo — Rio de Janeiro

O ciclone subtropical que começou a se formar na noite desta quinta-feira ao largo da costa do Sudeste será raro e belo, alimentado pelo Oceano Atlântico mais quente do que o normal. Porém, não existem até agora dados que indiquem que será perigoso em terra. O diretor de Operações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o meteorologis-ta Marcelo Seluchi, explica que ele vai atingir a máxima intensidade muito longe da costa e, por isso, não deve causar grande impacto. A seguir, o que se sabe sobre o ciclone que será chamado akara, nome indígena do acará, uma espécie de peixe de rio.

O que se sabe de concreto?

Teremos um ciclone subtropical. E, nas imagens de satélite, terá a típica formação dessas tempes-tades, com ventos rodando em torno de um núcleo bem definido. Uma imagem bem nítida.

E causará destruição?

Não existem até agora nos modelos de previsão nada que indique isso. Ele se formará bem fraco na costa do Rio de Janeiro. E só atingirá a máxima intensidade muito longe da costa, a cerca de 500 quilômetros do litoral.

Houve algum alerta?

Sim, da Marinha. Uma nota pertinente porque no mar haverá ventos fortes, trazendo risco para embarcações. Mas em terra os efeitos serão praticamente muito menores, diz Seluchi.

Todos os ciclones subtropicais até agora no Brasil

Arani (tempo furioso)15 de março de 2011RJ/ES

Bapo (chocalho)07 de fevereiro de 2015RS/SC

Cari (homem branco)11 de março de 2015SC/RS

Deni (tribo indígena)16 de novembro de 2016SP/RJ

Eçaí (olho pequeno)05 de dezembro de 2016SC

Guará (lobo do cerrado)11 de dezembro de 2017ES/BA

Iba (ruim)26 de março de 2019BA/ES

Jaguar (onça-pintada)21 de maio 2019RJ

Kurumi (menino)24 de janeiro de 2020SP/RJ/ES

Mani (deusa indígena)26 de outubro de 2020RJ/ES

Oquira (broto de folhagem)29 de dezembro 2020RS

Potira (flor)21 de abril de 2021SP/RJ

Raoni (grande guerreiro)29 de junho de 2021RS/SC (chegou a TROPICAL segundo NOAA)

Ubá (canoa indígena)10 de dezembro de 2021Uruguai/RS

Yakecan (o som do céu)

Akara (peixe acará)15 de fevereiro de 2024

Fonte: Cemaden/Marinha do Brasil