Em 24 horas, solo afunda mais 5,7 centímetros sobre mina no Mutange e Defesa Civil mantém alerta
A empresa afirma que "as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas".
Por Heliana Gonçalves, g1 AL
Rachaduras próximo ao local da mina da Braskem aumentam no bairro do Mutange, em Maceió — Foto: Defesa Civil Municipal
Afundamento do solo acumulado chega a 2,06 metros de profundidade. Velocidade registrada na última atualização foi de 0,23 centímetros por hora.
O afundamento do solo sobre a mina da Braskem que está sob risco de colapso no bairro do Mutange, em Maceió, é de 2,06 metros de profundidade, segundo a atualização da manhã desta sexta-feira (8), feita pela Defesa Civil. Foram 5,7 centímetros nas últimas 24 horas. O órgão mantém vigente o estado de alerta.
A velocidade registrada no último boletim foi de 0,23 cm/h. Na medição anterior, a velocidade foi de 0,21 cm/h
A Defesa Civil informa que não dá para dizer que o solo está se estabilizando porque a variação entre aumento e desaceleração tem sido constante nos últimos dias.
Por isso, o monitoramento continua sendo feito 24 horas por dia. Por precaução, a recomendação é para que a população não transite na área desocupada.
A mina sob risco é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. Ela está localizada sob a lagoa Mundaú, que deve ser afetada se houver o rompimento abrupto. A empresa afirma que "as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas".
Entenda risco de colapso de mina da Braskem em Maceió
Para manter a segurança, a Defesa Civil reforça que as pessoas não passem pela área onde está localizada a mina e reforçou que as outras 34 minas que a empresa mantinha para extração de sal-gema na capital não correm risco de colapsar.
Nesta quinta-feira (7), houve a suspeita de um tremor de terra no maior complexo de escolas públicas de Alagoas, porém foi descartada pela Defesa Civil de Maceió. O Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa) reúne 11 escolas estaduais e fica perto do local da mina da Braskem que pode colapsar.
Como ainda não há ordem para evacuação, as escolas do Cepa mantêm as aulas normalmente, e estudantes e funcionários tentam manter a rotina, mesmo com medo.
Desde que a instabilidade no solo provocada pela mineração abriu rachaduras em imóveis e crateras nas ruas, mais de 14 mil imóveis foram desocupados em 5 bairros da cidade.
Após o primeiro tremor em 2018, rachaduras começaram a abrir no solo e em imóveis — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Quando o afundamento da mina 18 foi detectado e passou a ser monitorado pela Defesa Civil, famílias que ainda viviam na região afetada pela mineração em Maceió deixaram suas casas sob ordem judicial.
A Justiça Federal determinou a desocupação de 23 residências nas áreas mais próximas do Mutange, como Bom Parto e Bebedouro. A ordem, com autorização para uso de força policial em caso de resistência, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2023/12/08/em-24h-mina-afunda-mais-57cm-em-maceio-e-defesa-civil-mantem-alerta.ghtml
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