Vazão das Cataratas do Iguaçu ultrapassa 10,7 milhões de litros por segundo
Passarela mais próxima às quedas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi fechada às 11h15, por segurança
Cataratas do Iguaçu — Foto: Adriana Czapela/RPC Foz do Iguaçu
Vazão das Cataratas do Iguaçu ultrapassa 10,7 milhões de litros por segundo, e passarela é fechada
Aumento da vazão está associado, além do grande volume de chuvas, a abertura dos vertedouros de todas usinas ao longo do Rio Iguaçu.
Por Gilvana Giombelli, g1 PR — Foz do Iguaçu
Vazão das Cataratas do Iguaçu ultrapassa 10,4 milhões de litros por segundo
A vazão das Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre Brasil e Argentina, voltou a subir e ultrapassou, nesta sexta-feira (13), os 10,7 milhões de litros por segundo. A vazão normal é de 1,5 milhão de litros de água por segundo.
Por conta do aumento, a passarela mais próxima às quedas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi fechada às 11h15, por segurança. Segundo o parque, ela será reaberta quando a vazão diminuir.
No lado argentino das Cataratas, em Puerto Iguazú, a passarela ao mirante da Garganta do Diabo está fechada desde o último domingo (8), quando as quedas registraram vazão de quase 6 milhões de litros por segundo. Os demais circuitos seguem abertos à visitação.
De acordo com o parque, o aumento da vazão nas cataratas é reflexo da abertura dos vertedouros das seis usinas distribuídas ao longo do Rio Iguaçu.
A medida é necessária para garantir às represas níveis seguros de operação, conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A decisão de abertura é comandada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O monitoramento da vazão das quedas, assim como das usinas ao longo do leito do rio, é feito pela Copel desde 1997.
Abertura de vertedouros
O tamanho da vazão, que é a quantidade de água que flui por um canal em determinado período de tempo, é estimado de acordo com monitores instalados ao longo do leito e das usinas do Rio Iguaçu.
Das hidroelétricas com vertedouros abertos, a maior delas, Foz de Areia, em Pinhão, nos Campos Gerais, está mantendo a geração de energia em potência máxima, segundo a Copel.
A estratégia é para baixar os níveis do Rio Iguaçu, em União da Vitória, que chegou a sete metros nesta sexta.
"Abriu todas as comportas do vertedouro – assim, a quantidade de água que está sendo liberada rio abaixo é equivalente ao volume que está chegando no reservatório – estratégia que evita agravar os alagamentos rio acima, na região de União da Vitória", afirmou a Companhia.
A segunda maior usina do rio, a do Segredo, entre Mangueirinha e Reserva do Iguaçu, está gerando mais energia e mantendo o reservatório próximo de 95% de armazenamento.
O mesmo ocorre na Usina Governador José Richa (Salto Caxias), na região sudoeste do Paraná.
Passarela das Cataratas do Iguaçu é fechada
Acumulado de chuvas ao longo do leito do Rio Iguaçu
O Rio Iguaçu nasce na região de Curitiba e desagua em Foz do Iguaçu.
Dados do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) mostram que a capital paranaense quebrou recorde histórico de chuva para o mês dos últimos 26 anos, com acumulado de 280 mm, antes mesmo de completar a primeira quinzena do mês. A média para o mês era de 152,8 mm.
https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2023/10/13/video-com-chuvas-intensas-no-parana-vazao-das-cataratas-do-iguacu-voltam-a-subir-e-ultrapassam-104-milhoes-de-litros-por-segundo.ghtml
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