'Crime vai buscar financiar candidatos em 2018', diz ministro
Ministro conversou com jornalistas no RJ nesta sexta-feira (4)
[caption id="attachment_137957" align="alignleft" width="300"] Ministro conversou com jornalistas no RJ nesta sexta-feira (4) imagem crédito g1.globo[/caption] Governo federal teme infiltração do crime organizado nas eleições de 2018, diz ministro Sergio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), conversou com jornalistas no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (4). Por Marco Antônio Martins e Ricardo Gallo, G1 General Sergio Etchgoyen fala sobre a questão da segurança nas Eleições 2018 no RJ O governo federal disse temer a infiltração do crime organizado nas eleições de 2018, afirmou nesta sexta-feira (4) o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen. “Entendemos que o crime pode buscar financiar candidatos em 2018”, disse. Etchegoyen se reuniu com jornalistas no Rio de Janeiro para falar sobre o plano de segurança para o estado. Em 2018 haverá eleições para deputados federais e estaduais, governadores e presidente. “Aí temos uma clara ameaça à segurança institucional.” O general mencionou operação em São Paulo, que prendeu advogados ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) infiltrados em organização civil. O problema se agrava com o fim do financiamento privado de campanhas, afirmou: os candidatos precisam de dinheiro para fazer campanha, o que abre possibilidade de financiamento por organizações criminosas. Já houve, segundo o ministro, ameaças físicas no Maranhão e no Rio de Janeiro contra a realização de eleições. Na Baixada Fluminense houve 15 candidatos mortos desde 2015, das quais seis, segundo a polícia, teriam como causa disputas entre milicianos, e quatro por ações de traficantes. Em agosto do ano passado, durante visita a cartórios eleitorais no RJ, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que já presidia o Tribunal Superior Eleitoral, alertou para o mesmo risco mencionado por Sérgio Etchegoyen. Ele chegou a enviar ofício ao Ministério da Justiça, no qual solicitava que a Polícia Federal investigasse as mortes de candidatos. "É uma situação extremamente grave. Há incidentes que podem não ter conotação eleitoral e outros, a maioria, com conotação eleitoral", disse o ministro, na ocasião. A influência do crime organizado nas eleições do Rio já aconteceu em outras disputas eleitorais. No ano passado, nos nove meses anteriores as eleições, 13 candidatos a vereador foram assassinados na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, 11 casos tiveram motivação política e, em 6 deles, havia indícios de participação de milícias. Mais verba para a segurança Também nesta sexta-feira o ministro confirmou q o governo federal destinará R$ 700 milhões para as ações de segurança. A verba vai ser liberada mês a mês até o fim do ano e vai servir para o abastecimento de viaturas e até compra de munição. Quem vai gerenciar é o governo federal. A verba também vai custear as ações da Polícia Rodoviária Federal.
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