Comerciante é condenado por morte de menina que defendeu pai em discussão
Comerciante foi condenado pelo crime de homicídio
Conforme sentença, ele deve cumprir seis anos e seis meses de prisão em regime semiaberto em Aparecida de Goiânia, mas pode recorrer em liberdade. Kerolly Alves Lopes, de 11 anos, foi morta com tiro na cabeça. Por Vanessa Martins, G1 GO Comerciante é condenado por morte de menina que defendeu pai em discussão O comerciante George Araújo de Souza foi condenado a seis anos e seis meses de prisão pela morte da menina Kerolly Alves Lopes, de 11 anos, em uma pizzaria de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, nesta sexta-feira (14). O crime ocorreu no dia 27 de abril de 2014 quando a criança entrou na frente do pai, o serralheiro Sinomar Firmino Lopes, que discutia com o réu. O comerciante pode recorrer em liberdade. O promotor Milton Marcolino, responsável pelo caso, informou ao G1 que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deve recorrer da decisão. O G1 não encontrou a defesa do condenado para comentar o caso. George foi condenado pelo crime de homicídio. O juiz Leonardo Fleury Curado Dias, que proferiu a sentença, ponderou que a conduta dele foi “altamente reprovável” e que o mesmo “tinha conhecimento de seus atos”. Além disso, na sentença o magistrado destaca que “o réu reagiu de forma totalmente desproporcional àquela ação, inclusive insensível à presença de uma criança, no momento do disparo efetuado”. Apesar disso, o juiz argumentou que o comerciante não tem antecedentes criminais, tem conduta social favorável, “não se vislumbrando tendência à prática de crimes”. Além disso, o magistrado considerou que o pai da vítima contribuiu para o resultado da discussão, já que “mesmo prevendo que algum mal poderia acontecer, já que o réu portava arma de fogo, continuou a alimentar a discussão, não atendendo, inclusive pedido da própria vítima, para que fossem embora”. Inicialmente, Dias condenou George à pena mínima de sete anos. No entanto, como o mesmo confessou espontaneamente o crime, a punição foi reduzida em seis meses. [caption id="attachment_137360" align="alignleft" width="300"] Kerolly Alves Lopes foi baleada ao tentar defender o pai durante uma briga, em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)[/caption] Crime Kerolly foi atingida por um tiro na cabeça durante uma discussão entre o próprio pai e o condenado. Ela ficou 10 dias internada na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e teve morte cerebral constatada no dia 5 de maio de 2013. Dois dias depois, ela morreu por falência múltipla de órgãos. Dizendo ter sido ameaçado, o pai da garota foi até a pizzaria de George, acompanhado das filhas, para tirar satisfação e o homem acabou efetuando disparos contra a família. Imagens do circuito se segurança do estabelecimento registraram toda a ação. O pai de Kerolly também chegou a ser preso, mas por agredir a ex-mulher, Miriam Coelho Alves. Ela chegou a avaliar a atitude do ex-marido de levar as filhas ao confrontar o dono da pizzaria como “irresponsável”. Condenado O condenado chegou se entregou à Polícia Civil no dia 6 de maio de 2013. Na época, ele chorou ao ser apresentado. No entanto, conseguiu habeas corpus por ser réu primário, e foi libero no dia 27 do mesmo mês. Durante audiência, o condenado também chorou ao responder a falar com a irmã de Kerolly, Pérola Alves Lopes. Na data, a então adolescente perguntou: “Por que você matou minha irmã?”, ao que o comerciante respondeu: “Você sabe que eu não queria matar vocês. Mas me arrependo de tudo e peço perdão pela dor que causei a sua família”, disse. [caption id="attachment_137359" align="alignleft" width="300"] Quer saber mais notícias de todo o estado? Suspeito de atirar em menina na porta de pizzaria, em Aparecida de Goiânia (Foto: Adriano Zago/G1)[/caption]
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