Excesso de pacientes no HMI causou superbactéria que matou 2, diz diretora

Capacidade para 22 bebês, no HMI tinham 35

[caption id="attachment_134918" align="alignleft" width="300"]-01 Excesso de pacientes no HMI causou superbactéria que matou 2 Excesso de pacientes causou superbactéria que matou 2, diz diretora (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)[/caption] Ela conta que hospital pode atender 22 bebês, mas recebeu 35, em Goiânia. Dois recém-nascidos morreram; situação de outros quatro está sob suspeita. Do G1 GO A diretora técnica do Hospital Materno Infantil (HMI), Sara Gardênia, disse que superbactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC), que matou dois recém-nascidos na unidade, em Goiânia, foi causada por excesso de pacientes internados. A situação provocou o isolamento da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin), onde os bebês estavam. Segundo ela, desde a última sexta-feira (17), a ala não está recebendo novas internações. “Isso foi reflexo de uma superlotação de que o Materno Infantil enfrentou desde o carnaval e que agora a gente está vendo aí o resultado, uma unidade onde tinha capacidade para 22 bebês, a gente chegou a ter 35", revelou Sara. Os bebês morreram na última quarta-feira (15). O HMI informou que ainda investiga a situação de outros quatro recém-nascidos onde há a suspeita de infecção. Dois deles estão internados na Ucin, onde também estão outros 13 bebês, e outros dois na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital. Segundo Sara, todos os cuidados necessários estão sendo realizados para que eles também não sejam infectados. "Eles estão sob isolamento de contato, em uso de incubadora, com equipe específica para poder tomar conta, redução de visitas. Todas essas medidas são para coibir novos casos de infecção", salienta. Segundo informou ao G1 a assessoria de imprensa do HMI, a previsão é que a Ucin permaneça isolada até a próxima quarta-feira (22). KPC Transmitida em ambiente hospitalar, a KPC pode causar infecções sanguíneas, urinárias e generalizada, além de pneumonia. Os sintomas são febre, dor no corpo e dor na bexiga. A situação do HMI é monitorada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). A Vigilância Sanitária também acompanha os trabalhos. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Maria Cecília Martins Brito, todos os procedimentos necessários foram adotados. "Assim que souberam da infecção, essa comissão tomou as providências e nós começamos a verificar as medidas que deveriam ser tomadas", explicou ao G1.

Dois recém-nascidos morrem após contrair superbactéria no HMI, em Goiás (Foto: Rodrigo Mansil/TV Anhanguera)
Por conta de superbactéria, ala do hospital está isolada  (Foto: Rodrigo Mansil/TV Anhanguera)

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