Plano de aposentadoria do Banco do Brasil atrai 7.760 funcionários

Banco anuncia fechamento de agências

[caption id="attachment_132518" align="alignleft" width="300"]03-plano-de-aposentadoria-do-banco-do-brasil Caffarelli descartou a possibilidade de abrir capital da área de cartões ou outras áreas de serviços do banco. ( Foto: Miguel Portela )[/caption] A expectativa é que, até o dia 9 de dezembro, entre 9.000 e 10.000 aceitem deixar o BB por FOLHAPRESS Até quinta-feira (1º), 7.760 funcionários haviam aderido ao plano de aposentadoria incentivada do Banco do Brasil, segundo o presidente do banco, Paulo Caffarelli. A expectativa é que, até o dia 9 de dezembro, entre 9.000 e 10.000 aceitem deixar o BB. O banco anunciou, na semana passada, o fechamento de agências e o plano de saída dos funcionários que já poderiam ter se aposentado para enxugar despesas administrativas do banco. O objetivo é tornar a estrutura de custos do banco mais próxima dos pares privados. "A gente tem uma conta mais cara que o mercado", disse Caffarelli em encontro com INVESTIDORES  em São Paulo O executivo afirmou ainda que o banco continuará a perseguir rentabilidade equivalente à de concorrentes privados. Tarifas Caffarelli descartou a possibilidade de abrir capital da área de cartões ou outras áreas de serviços do banco. Para ele, o BB precisa das receitas de tarifas geradas por essas áreas manter o faturamento sem oscilações bruscas. "Hoje faz falta o volume que foi vendido com a BB seguridade", afirmou. O Banco do Brasil criou a BB Seguridade no final de 2012 e essa empresa vende seguros, planos de previdência e capitalização, fonte importante de receitas em todas as instituições financeiras. Hoje, 60% da receita do banco vem de crédito e 30% de tarifas de serviços bancários (como conta-corrente, investimento em fundos e cartões). Os outros 10% são gerados na tesouraria do banco. Com o encolhimento do mercado de crédito, Itaú e Bradesco informaram que geraram mais receita com serviços do que com empréstimos nos últimos trimestres. A expectativa, segundo Caffarelli, é de que a retomada do mercado de capitais, com empresas emitindo dívida e abrindo capital, aumente a participação das tarifas nas receitas do banco. "Todo mundo quer aumentar tarifas, óbvio. Mas o aumento vem da maior prestação de serviços e não da majoração de preços", disse. O banco vai ajustar tarifas no dia 25 de dezembro. Crédito Mesmo com o cenário de redução de taxa de juros, o Banco do Brasil ainda espera estabilidade ou aumento dos spreads (diferença entre custo de captação de dinheiro e quanto o banco cobra de juros nos empréstimos) no próximo ano. O motivo, segundo o banco, é a manutenção do risco de inadimplência elevado. O BB também pretende seguir renegociando contratos fechados no passado a juros mais baixos, elevando os ganhos com crédito. Agências O banco também já começou a transferir os clientes das agências que fecharão a partir de 14 de janeiro de 2017. A previsão é que o processo seja concluído em fevereiro. Segundo o banco, a troca de agência para quem tem conta nas unidades que serão fechadas, incluindo segurados do INSS, será automática e o cliente passará a ser atendido em uma unidade mais próxima da atual.

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