Ele foi levado para o sistema prisional, onde está à disposição da Justiça.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba

A Polícia Federal confirmou nesta sexta-feira (8) a extradição do brasileiro procurado pelo crime de estupro de uma menor de idade em Birigui (SP). O crime aconteceu em 2005, mas o suspeito só foi preso no ano passado depois do pai da vítima investigar por conta própria o crime durante sete anos. Ele contou com a ajuda da internet e até de criminosos para localizar o homem, que vivia em Portugal.

Alexandre Oliveira, de 34 anos, não tinha antecedentes criminais no país. Sua prisão, no ano passado, foi realizada para cumprimento de um mandado judicial de prisão preventiva e foi realizada pela polícia portuguesa a pedido da Policia Federal Brasileira em Portugal.

Segundo informações da Polícia Federal, a extradição desta sexta-feira foi autorizada pela Procuradoria da República de Portugal, após a realização de um processo com participação do Ministério da Justiça, Itamaraty e Justiça de Portugal. Após os trâmites legais foi autorizada a extradição com escolta da PF.

O homem foi encaminhado para o sistema prisional estadual, onde permanece à disposição da Justiça para que responda ao processo criminal.

Entenda o caso
Segundo o empresário, de 57 anos, em 2005, a filha dele, que tinha 17 anos, foi abordada por um homem em uma das principais avenidas da cidade. Ela foi estuprada e abalada, não conseguiu reconhecer o suspeito. O caso foi arquivado.

Mas pai da vítima não desistiu diante da situação. O empresário passou anos na busca de pistas que levasse ao criminoso. Na época do crime, um homem foi considerado suspeito, mas não foi preso porque não foi reconhecido. O pai da vítima descobriu que o homem havia ido para Portugal e achou que havia algo suspeito.

Foi então que ele foi procurado por pessoas que afirmavam que o homem era o agressor. Pelas redes sociais na internet, o pai encontrou em contato com conhecidos do possível agressor e conseguiu descobrir o paradeiro dele no Portugal. Depois, descobriu que ele tinha um filho no Brasil.

No dia do estupro, o Instituto Médico Legal recolheu no corpo da vítima material do agressor. Foi então que, por meio de um teste com o DNA do filho do suspeito, ficou comprovado que Alexandre foi o autor do crime. O suspeito foi localizado e preso em Lisboa em outubro de 2012.