Avó diz que líquido em calcinha de neta pode ser esperma de suspeito
O homem foi preso na segunda-feira (25) e teria abusado de 10 menores.
Gilcilene AraújoDo G1 PI
Mães de algumas crianças que teriam sido supostamente violentadas por um homem no bairro Horto Florestal, zona Leste de Teresina, estiveram nesta quinta-feira (28) na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Elas prestaram depoimentos sobre o caso que envolve, pelo menos, 10 menores. As investigações começaram após uma verdureira dizer ter encontrado líquido na calcinha da neta que pode ser esperma de vizinho, suspeito do aliciamento.
“Eu sempre achei estranho o fato da casa dele estar sempre cheia de crianças, mas pensei que a lotação acontecesse por ele ser uma boa pessoa, pois presenteava a todos. Ele comprava roupas, presentes e até celular. Mas, quando eu e minha filha vimos o que acreditamos que fosse esperma começamos a mudar nosso pensamento. Minha neta de sete anos confirmou que ele molestava ela e outras meninas do bairro ”, conta a verdureira.
O homem foi preso na segunda-feira (25), mas, de acordo com delegada Andréa Magalhães, as investigações ocorrem desde que surgiu a primeira denúncia no dia 21 de fevereiro.
Uma lavadeira que também mora na mesma rua disse ao G1 que a sua filha de nove anos também pode ter sido abusada. Ela contou que começou a desconfiar do vizinho após as revelações da verdureira. “Nós nunca suspeitamos de nada porque ele era uma pessoa muito boa com todos os vizinhos, mas desde a semana passada, quando minha vizinha encontrou esperma na calcinha da neta, nossa visão com relação a ele mudou”, conta Francileuda.
A mulher diz ainda que exames de corpo delito comprovaram que alguns dos menores são virgens, mas que algumas crianças afirmaram aos pais que o vizinho pedia para as meninas tirarem a roupa e deitar na cama com ele. Ela revelou ao G1 como o suspeito agia.
“Ele trancava as portas e encostava as partes íntimas dele nas meninas. Em outras ocasiões, elas eram obrigadas a assistir filmes pornôs e, logo em seguida, ele pedia que elas agissem igual as atrizes. Quando não passava mel no corpo delas”, conta.
Ainda conforme a lavadeira, as crianças não revelaram os abusos por terem medo do suspeito. “O vizinho dizia que se elas contassem o que acontecia iriam apanhar e não receberiam presentes. A prova disso é que durante o carnaval ele presenteou várias meninas e minha filha não ganhou nada. Ele disse que não deu presente porque, segundo ele, minha filha tinha boca grande quando me contou que viu a neta da Antônia deitada com ele na cama”, explica.
Depoimentos na DPCA
Duas donas de casa, vizinhas do suspeito, estiveram na sede da DPCA nesta quinta-feira (28). Elas foram ao local após terem sido convocadas pela delegada Andréa Magalhães responsável pela investigação.
As mulheres disseram ao G1 que não acreditam que o vizinho tenha cometido qualquer crime. “O nosso caso é diferente porque nossos filhos não fizeram ainda o exame de corpo delito. Nada está comprovado ainda, mas se as suspeitas forem confirmadas, eu quero que ele pague”, disse uma delas.
A delegada Andréa Magalhães não quis comentar o caso com a imprensa, apenas ressaltou que irá se pronunciar após a conclusão do inquérito.
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