Moradores do Rangel interditam avenida em protesto pela morte de estudante atropelada
O movimento é um protesto contra a morte da estudante que foi atropelada um carro do Governo do Estado no começo da tarde desta terça-feira
Por Naira Di Lorenzo e Alisson Correia
Protesto no Rangel (Aguinaldo Mota)
Com pneus e móveis queimados, os moradores interditaram desde o início da manhã desta quarta-feira (20), a avenida 14 Julho no bairro do Rangel, em João Pessoa. O protesto é contra o atropelamento de seis pessoas por um carro do Governo do Estado na tarde desta terça-feira (19). A estudante Geycianne Camilo, uma das vítimas do acidente, morreu nesta madrugada no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.
A parada de ônibus, onde o acidente aconteceu, foi quebrada e um carro de som também foi usado no protesto. De acordo com o líder do movimento, padre Cordeiro, o protesto tem o objetivo de chamar a atenção da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob). Uma comissão formada pelos moradores pede uma audiência com o superintende da Sembob para reivindicar a instalação de uma lombada eletrônica na avenida 14 de Julho e na avenida 2 de Fevereiro.
“O objetivo é chamar a atenção das autoridades. Não podemos aceitar a morte de uma jovem que tinha acabado de sair do seu primeiro dia de trabalho e iria pegar o ônibus para ir para casa. A lombada eletrônica é uma reivindicação antiga dos moradores. O ano passado já aconteceu uma reunião com a Semob, mas não foi feito”, protestou.
A Semob esteve no local e o trânsito estava sendo desviado pela rua Sousa Rangel.
A morte da adolescente foi confirmada pelo boletim médico do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Ela veio a óbito por volta de 01h21 desta quarta-feira (20). Segundo informações do Serviço Social da unidade, a garota teve uma das pernas amputadas tendo seu quadro de saúde agravado.
O motorista Edvaldo Luiz Balbino Ribeiro estava trabalhando no transporte de material de expediente da secretaria quando ocorreu o acidente. O motorista, que também sofreu ferimentos, prestou socorro às vitimas e acionou de imediato a equipe de emergência do Samu.
A Secretaria de Educação abrirá processo administrativo interno para apurar os fatos e fará todo o reparo aos danos materiais da parada de ônibus e do muro da residência.
Uma equipe de perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC) esteve no local. O laudo com as causas do acidente deve sair em dez dias.
As seis vítimas são:
Deniclécia Ferreira da Cruz, 30 anos (recebeu alta)
Maria Cristina Leandro da Cruz, 39 anos (recebeu alta)
Jucilene Alexandre dos Santos, 19 anos (estado regular)
Simone Nascimento da Fonseca, 32 anos (estado regular)
D.K.S.D.C, 12 anos (estado regular)
G.C.D.S, 16 anos (passa por procedimento no bloco cirúrgico).
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