Por: Wadson Correia

Um falso funcionário da Petrobras foi preso em Maceió, na manhã desta sexta-feira, 15, após ser denunciado por crime de estelionato.

Filipe Castanheira Ramos, 26, natural do Estado de São Paulo – segundo seu relato a polícia – havia chegado a Maceió – há cerca de uma semana, tempo suficiente para aplicar diversos golpes.

Em depoimento ele revelou que encontrava as vítimas através dos classificados de um dos jornais de Alagoas. Utilizando o nome falso de Augusto, o estelionatário mantinha contato com proprietários de hotéis e apartamentos com anúncios de aluguel e os convencia da necessidade de reservar um apartamento para um funcionário da Petrobras.
Com o valor acertado o golpista se utilizava da estratégia de ir até um Caixa Eletrônico onde fazia um falso depósito com o valor combinado na conta do hotel ou proprietário do imóvel.

Para isto, Filipe ou Augusto, se utilizava da estratégia de depositar um envelope de transação bancária em algum terminal eletrônico, sem o dinheiro combinado. A máquina, ao receber o documento, emitia o valor escrito, chamado de DOC, e com o recibo em mãos ele apresentava as vítimas, como suposto comprovante que a transação havia sido realizada.

Após a descoberta que o valor não tinha entrado na conta – que só acontecia cerca de 48h depois – a desculpa era um só e na maioria das vezes bastante convincente.

“Sou apenas engenheiro químico da Petrobras. Não tenho nada haver com o valor pago e nem tenho responsabilidade em pagar nada. Isso é direto com o setor financeiro da empresa”, dizia o estelionatário que aproveitando suas saídas, deixava o local sem ser notado.

Mas os constantes golpes levaram o bandido a cometer um erro. Ele não contava que sua desculpa levantasse suspeita do proprietário de um recém-imovel alugado. O dono do local, Célio Lopes Freitas, prestou queixa a Polícia ao desconfiar que estava sendo lesado e com a chegada dos policiais, que surpreendeu Filipe dentro do apartamento, foi descoberto sua especialidade em golpes.

Filipe manteve – quando já estava hospedado no apartamento – um novo contato com o proprietário e alegou que o setor encarregado de efetuar o depósito havia se equivocado e depositado, duas vezes, o valor de R$ 1.700,00. Acreditando na palavra do golpista, Célio pagou a diferença e ao chegar ao banco descobriu que nada tinha sido depositado.

Levado para a Central de Polícia, no bairro do Prado, também foi descoberto que o estelionatário tem uma extensa ficha de delitos praticados em outros Estados, pelo mesmo crime. Com ele foram apreendidas duas folhas com cerca de 20 nomes de possíveis vítimas.