Velório de funcionária pública morta em pontilhão é marcado por emoção
Corpo da mulher de 29 anos tinha sinais de estrangulamento e de estupro.
O velório da funcionária pública de Araraquara (SP) encontrada morta na noite de quinta-feira (27), embaixo de um pontilhão, foi marcado por tristeza e emoção. Ana Cláudia Rossi Pinto de Souza foi ameaçada e seguida por um rapaz que queria uma passagem para São Paulo. Família e amigos estavam inconformados.
“Ela era um amor de pessoa. Eu encontrei com ela uns dias atrás e perguntei se estava tudo bem e ela me respondeu que logo, logo ela ia casar", contou emocionada a amiga da família Vera Lúcia Rampani.
Ana Cláudia tinha 29 anos e trabalhava no segundo andar do prédio da Prefeitura, na Secretaria da Fazenda. “Ela cantava junto com o namorado na igreja e eles estavam prontos para mudar para o apartamento deles, só não merecia este triste fim”, comenta o amigo da família Rubens Antonio Martins.
Depois que saiu para o almoço ela não foi mais vista. Edson Gomes Assunção, outro amigo da família, diz que os pais a aguardavam em casa e logo ficaram preocupados. “Eles são muito ligados e se falavam a cada 10 minutos. Então, quando ela saiu da Prefeitura, a mãe ligou várias vezes no celular e como ela não atendeu, eles ligaram para a polícia. A princípio, a polícia achou que era muito cedo para falar em desaparecimento e disse que era pra esperar que logo teriam notícias”, conta.
Como ela não retornou ao trabalho, os colegas refizeram o caminho que Ana Cláudia estava acostumada a fazer a pé. Debaixo do pontilhão da Avenida 22 de Agosto encontraram primeiro a bolsa dela e depois o corpo. Havia sinais de estupro e de estrangulamento. “As roupas estavam rasgadas, supostamente ela tenha sido violentada e cortaram o pescoço dela também”, afirma Assunção.
Antes de desaparecer, a funcionária tinha sido abordada por um rapaz que pediu dinheiro para comprar uma passagem de ônibus. Segundo o amigo da família, a funcionária tentou ajudar. “Ela falou para ele voltar depois do almoço que ela tentaria arrumar o dinheiro para que ele viajasse. Nesse meio tempo deram até banho nele; levaram para a casa transitória, ele não quis almoçar e disse que ia voltar à Prefeitura depois do almoço para pegar o dinheiro. Mas isso tudo são suposições”, reforça.
Investigação
O titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Elton Hugo Negrini, disse que todas as equipes estão na rua para fazer diligências à procura de provas do crime. Ele também analisa imagens de câmeras de segurança por onde Ana Cláudia teria passado. Elton falou que ainda é cedo para comentar o assunto e afirmar quem é o suspeito.
Luto
Quando soube do ocorrido, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) decretou luto oficial de três dias. Em nota, o prefeito lamentou a morte da funcionária. “Foi com indignação que recebemos, nesta quinta-feira, a notícia do assassinato da jovem Ana Cláudia Rossi Pinto de Souza, funcionária pública. Lamentamos profundamente a ocorrência desse crime bárbaro e prestamos nossa solidariedade à família da vítima”.
No texto, o prefeito se coloca à disposição da polícia para colaborar com as investigações na solução deste caso e reforça que decretou luto na cidade “em respeito à funcionária, que desempenhou seu trabalho de forma exemplar durante o tempo em que serviu ao município”.
Família e amigos de vítima estavam inconformados (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
Funcionária da Prefeitura foi achada morta embaixo do pontilhão (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
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