Por: Ellen Melo

Vítima de disparos de arma de fogo foi morto na noite da sexta-feira, 07, Alison dos Santos Eugênio, 16, que residia no bairro do Vergel do Lago, região Sul de Maceió.

A equipe da Rocon 23 do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM) esteve no local do crime, no Conjunto dos Pescadores, próximo da sede da Guarda Municipal, no mesmo bairro onde o jovem morava, mas não conseguiu levantar informações sobre os motivos ou quem matou Alison que teve morte imediata.

O crime será investigado por equipes da Delegacia de Homicídios (DH).

Pacificação

Durante os últimos cinco meses equipes da Delegacia de Homicídios (DH) da Força Nacional (FN) desarticularam uma das maiores quadrilhas de matadores e traficantes de drogas de Alagoas. Especializados em assassinatos em plena luz do dia, sob os olhares de testemunhas – que aterrorizadas não falavam o que viam – jovens com idades entre 15 aos 27 anos, em média, foram identificados e presos após um exaustivo trabalho de investigação.

Divididos em bandos, os assassinos tem ligação direta com cerca de 90% dos homicídios registrados nos últimos quatros anos em bairros da orla lagunar de Maceió, em especial os Conjuntos Virgem dos Pobres I, II e III.

O que chamou a atenção dos policiais foi à audácia dos matadores, muitos de menor idade, e que nunca chegavam a ser presos.

“Quando não estavam se matando eles saiam em bando para matar quem encontrasse pelas ruas. Sempre foram cruéis com suas vítimas, muitas inocentes e mortas com diversos tiros e com requintes de crueldade”, diz um dos policiais que participou das investigações e que confirma que com as prisões dos envolvidos finalmente quem mora da região Sul de Maceió pode conviver com uma pacificação de favelas e bairros como o Trapiche da Barra e Vergel do Lago.

“Os crimes não vão acabar. Isso é uma utopia. Mas quem tocava o terror na localidade agora está num presídio e a Justiça não terá complacência. Com o trabalho que estamos realizando e as medidas que ainda serão adotadas pelo Governo do Estado na área da segurança, educação e saúde o que antes era terror vai se tornar um local onde as pessoas vão poder sair as ruas, conversarem na frente de suas casas e as crianças irem e virem das escolas sem serem usadas pelos traficantes”, declarou outro policial.