Garota é detida sob suspeita de envolvimento na morte de adolescente

Demontier Tenório

Uma adolescente de 16 anos foi detida por militares da FTA (Força Tática de Apoio) e levada para a Delegacia de Polícia Civil sob suspeita de envolvimento no assassinato do menor da mesma idade Francisco Anderson de Oliveira. Ele morava na Rua Engenheiro José Walter (Bairro Frei Damião) em Juazeiro e foi morto com um tiro na testa na noite de sábado por dois homens que trafegavam em uma motocicleta de cor vermelha.

Dentro de uma tese inicial da polícia, a garota de iniciais R da S. F. teria atraído o rapaz para o “cheiro do queijo” diante de uma conotação passional, enquanto a mesma negou tudo após ser detida no cruzamento das ruas Socorro Norões Mota e Francisco Monteiro (Triângulo). Ela foi ouvida no inquérito policial que apura o crime dizendo que já tinha acabado o romance com o seu marido com quem tem uma filha de seis meses e só conhecia a vítima há dez dias. 

A jovem diz que mora em Salgueiro (PE) e há poucos meses encontra-se em Juazeiro e, ultimamente, estava residindo na casa dos pais do seu companheiro. Confirmou que naquela noite esteve com Anderson após um encontro em frente à casa do mesmo e saiu para um lugar um pouco mais distante, porém na mesma rua onde estavam conversando em umacalçada. Ela presenciou o assassinato e disse que não reconheceria os autores. 

A adolescente falou que convidara o rapaz para ir embora justificando que tinha que cuidar de sua filha em casa já que “meu ex-marido” estava de cama por conta de uma surra que havia levado do pai. De repente foram surpreendidos com a chegada de dois homens na moto anunciando o assalto e tomando o celular e R$ 20,00 de Anderson o qual ainda foi alvejado com um tiro na testa morrendo no local. Ela nega ter fugido, disse que jamais teve relação sexual com a vítima e garante não ser usuária de drogas.

Quanto aos assassinos disse apenas que são morenos, sendo um gordo e outro magro. Teria sido ela, conforme acrescentou, que comunicou o assassinato de Anderson à mãe do mesmo. “Como vou levar pro cheiro do queijo uma pessoa que nem conheço direito e nunca me fez o mal?”, indagou ao chegar na delegacia para prestar depoimento.