Juíza de MT decreta prisão preventiva de suspeito de jogar criança de ponte
Suspeito também foi preso por matar a ex-sogra e carbonizar o corpo.
Kelly MartinsDo G1 MT
A Justiça determinou a conversão da prisão temporária para preventiva do suspeito de matar o menino Ryan Alves Camargo, de quatro anos de idade, ao jogá-lo de uma ponte no Rio Cuiabá, e assassinar a avó da criança, Admárcia Mônica da Silva, de 44 anos, que foi atingida por vários golpes de faca e teve o corpo parcialmente carbonizado. A decisão é da juíza substituta da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Tatiane Colombo, após pedido do Ministério Público Estadual.
O técnico em informática Carlos Henrique Costa de Carvalho, de 25 anos, está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), desde o dia 11, data do crime e foi indiciado por duplo homicídio qualificado. Ele é ex-namorado da mãe da criança, Thassya Alves, de 24 anos, e não teria aceitado o fim do relacionamento.
Na decisão, a juíza destaca que a conversão da prisão é necessária para assegurar a garantia da ordem pública e da lei penal. Ressalta ainda que “no caso concreto a existência da materialidade dos crimes em questão e indícios suficientes de autoria, necessário se faz a segregação cautelar do autuado, por conveniência da instrução criminal, bem como a fim de resguardar a integridade física e psicológica dos familiares”, conta trecho do despacho.
Thassya Alves namorou o suspeito por alguns meses e chegou a morar com o filho dela na residência dos pais do rapaz. Mas, o relacionamento do casal era conturbado e Carlos já chegou a ser preso por tentar agredi-la e por ameaça.
Fato também considerado pela juíza, que descreveu o caso na decisão, relatando a existência de outro inquérito policial contra o técnico de informática por ter mordido o rosto e o pescoço de Thassya e ter jogado gasolina na casa, na tentativa de colocar fogo e matar todos que estavam dentro. “Restando assim, demonstrada a conduta agressiva e perigosa do acusado”, reforça a magistrada.
Além disso, a juíza Tatiane Colombo destacou trechos e levou em consideração o depoimento de um tenente da Polícia Militar que foi responsável por coordenar as diligências na residência onde a professora Admárcia foi assassinada e teve o corpo carbonizado, localizada no Bairro Dom Aquino, na capital.
Crime
No domingo (11), o rapaz foi até a casa da ex-sogra Admárcia Mônica da Silva à procura de Thassya. Mas, no momento, a garota não estava na casa. Na ocasião, o suspeito e a ex-sogra teriam discutido quando ocorreu o assassinato. Admárcia foi esfaqueada e teve o corpo parcialmente carbonizado.
O neto da vítima, de 4 anos, também estava na residência e foi levado pelo suspeito até a ponte Júlio Müller, onde foi arremessado por ele no rio. O corpo do menino foi encontrado minutos depois por um pescador próximo ao local. O crime ocorreu por volta das 6h.
Depoimento
Horas depois do duplo homicídio, o suspeito foi preso na residência dele. De acordo com a Polícia Militar, o rapaz chegou a ir até o local de trabalho, porém, voltou para casa depois de desconfiar que uma equipe da polícia realizava rondas pelo local.
Ao ser preso, ele foi para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do bairro Planalto, na capital. Em seguida, encaminhado para a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Contudo, o suspeito preferiu não se manifestar durante o depoimento e declarou que vai falar sobre o caso somente em juízo. Atualmente ele está em uma cela separada por determinação do sistema prisional para não ser agredido pelos outros reeducandos.
Siga a ordem das fotos:
Menino de quatro anos estava na casa da avó quando foi jogado em rio (Foto: Reprodução/Facebook)
Suspeito é preso por matar ex-sogra e criança de 4 anos (Foto: Reprodução/TVCA)
Criança foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros
(Foto: Reprodução/ TVCA)
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