Após 14 execuções em quatro dias, Rota é enviada à Baixada Santista

Secretário de Segurança Pública e Comandante da PM desceram a serra.

Entre os mortos há policiais militares e sargentos.

Após a onda de crimes que ocorreu na Baixada Santista na última semana, quando 14 pessoas foram mortas em apenas quatro dias, o secretário de Segurança Pública e o comandante geral da Policia Militar vieram para a região, junto com várias equipes da Rota, para discutir e reforçar o policiamento em várias cidades da região.

O secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, e o comandante geral da PM no Estado de São Paulo, coronel Roberval Ferreira França, organizaram uma reunião no 6º Batalhão da Polícia Militar em Santos, junto com representantes da polícia na cidade. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, equipes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) começaram a ser enviadas para a Baixada Santista durante o final de semana.

De acordo com informações da Polícia Militar, cerca de 100 policiais da Rota se dirigiram a região. No feriado do dia 12 de outubro, a Baixada Santista também deverá receber mais homens para reforçar o policiamento durante o fim de semana. Como houve boatos de toque de recolher nos últimos dias, o patrulhamento têm sido reforçado nos locais de comércio.

Por causa dos crimes, o secretário disse que mandou a Rota para a região por tempo indeterminado e que irá aumentar ainda mais o policiamento. O secretário também confirmou que o sargento Marcelo Fukuhama, que foi assassinado na madrugada domingo (7), estava sendo ameaçado e que as causas e os suspeitos já estão sendo investigados.

Execuções
Os crimes começaram há cerca de uma semana, quando oo um policial militar foi assassinado com diversos tiros, em São Vicente. O policial Fábio Passos de Sá estava em frente a um depósito de metais quando dois homens chegaram em uma moto e efetuaram vários disparos contra ele. As imagens do circuito de segurança de um comércio registraram o assassinato e podem ajudar nas investigações.

No domingo (7) de eleições, em Santos, seis pessoas foram assassinadas e outras quatro ficaram feridas. Logo no início da madrugada, o sargento Marcelo Fukuhara, de 45 anos, estava em frente a um buffet que pertence à mulher dele, na Ponta da Praia, quando foi atingido por vários disparos que partiram de um veículo. Segundo a Polícia Militar, os disparos vieram de dentro de um carro preto e há possibilidade de um fuzil ter sido utilizado no crime. O segurança do buffet e ex-sargento do exército, José Antonio Alves de Carvalho, de 53 anos, tentou socorrer o policial, mas acabou levando um tiro na perna e também morreu por causa da hemorragia.

No mesmo dia, outras quatro pessoas foram baleadas e três delas morreram em outro ponto da cidade, na rua Comendador Martins, no bairro Vila Mathias, duas horas após os assassinatos na Ponta da Praia. Segundo a Polícia Militar, os suspeitos também estavam em um carro preto. A violência continuou no bairro Areia Branca. Por volta das 5h, indivíduos com uma roupa preta e encapuzados invadiram uma casa na rua Professor Francisco Di Domênico. Um homem de 53 anos foi morto com vários tiros na cabeça. A namorada dele, de 27 anos, ficou ferida na perna.

Já em Guarujá, sete pessoas foram assassinadas na última quinta-feira (4). Os crimes aconteceram em menos de 24 horas em Vicente de Carvalho. Segundo a polícia, todas as execuções aconteceram da mesma maneira: dois homens em uma moto passaram atirando nas vítimas.