Decretadas novas prisões por desvio de verbas em Trairi

Os acusados haviam sido detidos há uma semana

Pela segunda vez em apenas uma semana, o Ministério Público Estadual (MPE) e a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) realizaram, ontem, uma nova operação na cidade de Trairi, no litoral Oeste do Estado (124Km de Fortaleza) com o objetivo de prender gestores públicos acusados do desvio de verbas. Sete mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo juiz de Direito auxiliar daquela Comarca, Fernando Teles de Paula Lima.

Alguns dos acusados presos durante a operação realizada pelo MP e SSPDS no Município de Trairi foram trazidos para Fortaleza e estão recolhidos no prédio da Delegacia Geral da Polícia Civil, no Centro da Capital

As sete pessoas que tiveram a custódia preventiva decretada já haviam tido a prisão temporária determinada na semana passada. Quatro delas foram presas novamente pois já haviam obtido na Justiça a concessão de habeas corpus. Outras duas se encontravam presas. A sétima está foragida desde a primeira operação policial, ocorrida no último dia 5. O grupo é acusado de fraudes em licitações que teriam gerado um prejuízo de R$ 20 milhões nos cofres da Prefeitura Municipal de Trairi.

Nomes

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, tiveram a prisão preventiva decretada desta vez as seguintes pessoas, Euclides Andrade de Castro (ex-secretário de Finanças), Evaldo Luís Antunes, Manoel Carlos Oliveira, Gabriela Maria Chaves Souto (ex-membros da Comissão de Licitação da Prefeitura), José Eloísio Maramaldo Filho e Caroline Gondim Lima (advogados), e Neio Lúcio Ferraz Passos.

Dos sete, apenas um continua foragido. Trata-se de Neio Lúcio Gondim Ferraz. Desde o último dia 7 ele está sendo procurado pelas autoridades policiais e pelo Ministério Público.

Defesa

Ainda ontem, os advogados criminalistas Leandro Vasques e Waldir Xavier, representantes da defesa dos acusados, informaram à Reportagem que deverão ingressar com novos pedidos de habeas corpus em favor de seus clientes. Eles já haviam obtido, anteriormente, a soltura dos acusados em decorrência da custódia temporária. Alguns dos acusados estão detidos na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil.

FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA