Mulheres dizem que sofreram abusos durante as consultas.

Outras três pacientes do ginecologista Rogério Pedreiro, de 48 anos, foram até a 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em São Paulo, para prestar queixa contra ele por conta de abusos sofridos. A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública nesta terça-feira (11).

Pedreiro foi preso no final de agosto, sob a suspeita de abusar sexualmente de duas pacientes, mãe e filha, durante uma consulta. Ele também teria molestado mais seis mulheres nos últimos dez anos. Antes da sua prisão, no dia 31 de agosto, o médico já era investigado por outros três casos de "violência sexual mediante fraude" envolvendo pacientes no consultório dele no Campo Belo, na Zona Sul da capital.

No dia da prisão, um defensor que representava Pedreiro disse que o médico adotava procedimentos normais durante as consultas. Em seu depoimento, segundo a polícia, o médico negou todas as acusações.

Segundo a delegada Lisandrea Zonzini Salvariego Colabuono, da DDM, a investigação mostra que Rogério Pedreiro teria feito pelo menos oito vítimas de 2002 até junho deste ano. O suspeito está preso preventivamente em São Paulo a espera de um eventual julgamento. Pedreiro foi indiciado por crime de violação sexual mediante fraude.

Que diz a defesa
Em entrevista ao SPTV no início de setembro, o advogado Rogério Nogueira de Abreu negou que seu cliente abusou das mulheres. “Foi um exame clínico tradicional, como normalmente é feito um exame clínico. Mas em nenhum momento houve qualquer ato ilícito por parte do médico”, disse o advogado, que chegou a pedir para seu cliente responder em liberdade. A Justiça, no entanto, negou o pedido.

Nesta terça, Abreu afirmou que não cuida mais do caso de Pedreiro. Segundo ele, os novos advogados do médico disseram que não iriam falar com a imprensa neste momento. Os novosdefensores estariam tentando entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo, pedindo a soltura do cliente