Demontier Tenório

Mais uma mulher foi assassinada de ontem para hoje na região do Cariri e a tese inicial da polícia é que a mesa tenha sido vítima de um suposto latrocínio e morta por asfixia. O fato ocorreu no interior de sua residência no Sítio Horizonte a uma distância de 18 km para o centro de Jardim. Até o momento, a mesma foi identificada apenas pelos apelidos de Dona Cota ou Tia Dadá e se trata de uma aposentada de 78 anos de idade.

     Ela morava sozinha por opção, mas, na localidade, muitos eram seus familiares. Os vizinhos notaram a demora para Dona Cota sair cedo como sempre fazia e um rapaz que prestava serviços à mesma foi até lá por volta das 9 horas. Ele bateu à porta e não obteve resposta. Quando rodeou o imóvel, notou a porta detrás aberta e o corpo estendido no quarto coberto com várias peças de roupas que foram retiradas do armário. A vítima não apresentava ferimentos e estava com a pele do rosto um tanto roxa.

      Ninguém ouviu qualquer barulho dentro da casa de Dona Cota que estava bastante revirada. Provavelmente, o acusado ou acusados procuraram dinheiro por diversos lugares. Supostamente, o crime de latrocínio deve ter acontecido na noite desta segunda-feira, mas tudo vai ser devidamente investigado pela polícia. Esta foi a 15ª mulher assassinada este ano na região do Cariri e a segunda no município de Jardim.

      No último dia 9 de março o corpo de Erismar Francisca de Souza, de 42 anos, foi encontrado dentro da fossa de sua casa no Sítio Correntinho na zona rural de Jardim. O companheiro dela conhecido por José Neco, de 34 anos, estava deitado em uma rede quando a polícia chegou para prendê-lo, pois já havia desconfianças da autoria. A mulher estava desaparecida há cinco dias desde quando beberam juntos pela última vez. Ele disse que Erismar quis matá-lo com um facão e se defendeu empurrando-a. Segundo acrescentou, a mulher bateu com a cabeça e morreu quando tratou de ocultar o cadáver.