Sem família, bebê de mulher com esquizofrenia será colocado à adoção

Menina, de um mês, deve entrar para o Cadastro Nacional de Adoção.

O promotor de Justiça Flávio Cardoso Pereira propôs uma ação pedindo a destituição do poder familiar de uma mãe com esquizofrenia, em Jataí, na região sudoeste de Goiás. Ela deve ser separada da filha Ana Carolina, que nasceu há menos de um mês, por causa da doença. Assistentes sociais afirmam que a mulher não tem condição de cuidar do bebê. Ela precisaria encontrar algum familiar ou o pai da criança para que não se separesse da filha.

O promotor de Justiça explica que o processo pode demorar, já que a mãe não tem nenhum documento. O nome da bebê deve ir para o Cadastro Nacional de Adoção. “Não existe um prazo definido. É muito importante que as pessoas não se ofereçam porque vai ser obedecida a ordem do cadastro”, informa Flávio Cardoso.

A mãe, que diz se chamar Ana Paula, não possui nenhum documento e não sabe quem são seus parentes. Desde que estava grávida e foi retirada das ruas, assistentes sociais tentam encontraram seus familiares. Inclusive, moradores de Jataí fizeram uma campanha nas redes sociais. Um homem de outra cidade goiana se apresentou como irmão dela, mas o parentesco não foi confirmado.

A última alternativa para não separá-las é encontrar o pai da criança, que Ana Paula não sabe quem é. O homem com quem ela tinha um relacionamento afirma não ser o pai da menina. Foi feito um exame de DNA, que ainda não teve o resultado divulgado.

Enquanto isso, a criança, que nasceu no dia 27 de março, está no Lar Transitório de Jataí. A mãe está vivendo em um abrigo do município com o homem com quem vivia nas ruas e suposto pai de Ana Carolina.  

Do G1 GO com informações da TV Anhanguera