Clima eleitoral esvazia Câmara dos Deputados em plena quarta-feira

Deputados se mobilizam nas convenções de aliados

[caption id="attachment_129843" align="alignleft" width="300"]-12 Clima eleitoral esvazia Câmara dos Deputados em plena quarta-feira Plenário da Câmara ficou praticamente vazio na primeira quarta após volta do recesso (Foto: Renan Ramalho/G1)[/caption] Duas comissões se reuniram à tarde para palestra e audiência pública. Presidente da Casa, Rodrigo Maia ficou em Brasília para reuniões. Renan RamalhoDo G1, em Brasília A primeira quarta-feira do mês de agosto ficou praticamente parada na Câmara, que voltou do recesso parlamentar nesta semana. O esvaziamento num dia útil em geral bastante movimentado na Casa se dá por causa da preparação para as campanhas municipais, que mobiliza os deputados federais nas regiões em que colhem votos no apoio a aliados políticos. Desde o início da semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já havia antecipado que buscará concentrar os trabalhos neste segundo semestre entre segunda e quarta, para liberar os deputados a partir de quinta. Nesta terça, porém, sequer marcou sessão deliberativa para esta quarta, prevendo o esvaziamento. Pelo calendário eleitoral, os partidos têm até a próxima sexta-feira (5) para escolherem seus candidatos a a prefeito, a vice-prefeito e a vereador em convenções. A campanha, com início da propaganda eleitoral e eventos públicos, começa no dia 16. Na tarde desta quarta, contavam-se nos dedos os deputados presentes no plenário. Vários apareceram só para falar na tribuna em defesa de propostas próprias ou para comentar as disputas em seus estados e manifestar apoio a aliados. Por volta das 14h30, o único encontrado sentado no plenário era Patrus Ananias (PT-MG), ex-ministro dos governos Lula e Dilma e prefeito de Belo Horizonte entre 1993 e 1997. Informou que iria para a capital mineira ainda nesta quinta, mas ficou só para discursar contra o risco de enquadramento de movimentos sociais na nova lei antiterrorismo. "Não estou acompanhando o dia a dia [da campanha], mais concentrado nas minhas atividades. Fiquei hoje para fazer intervenção aqui sobre meu projeto. Meu filho é candidato a vereador, mas meu primeiro dever é estar aqui em Brasília. É claro que nos tempos que não estiverem vinculados aqui ao mandato, eu como cidadão vou participar do processo", afirmou ao G1. Comissões As comissões da Casa, onde deputados discutem as fases iniciais das propostas, também ficaram quase sem funcionar nesta quarta. Entre 15 delas, ao menos oito tiveram as reuniões canceladas, incluindo uma CPI que investiga a "máfia do futebol", por falta de quórum. À tarde, as únicas abertas realizavam eventos com participação da sociedade. Na Comissão de Segurança, deputados ligados à forças armadas e polícias fizeram audiência pública para ouvir vítimas de disparos acidentais por armas de fogo. O objetivo era debater os defeitos nos equipamentos fornecidos aos órgãos de segurança pública. "Talvez essa audiência aqui, o propósito maior não seja nem esse de mostrar as vítimas, o propósito maior é quebrar o monopólio [no fornecimento das armas]", disse ao G1 Alberto Fraga (DEM-DF), que convocou a reunião. Atualmente, somente duas empresas brasileiras fornecem armamento para as forças de segurança, já que a importação é proibida. O único outro evento no meio da tarde no corredor das comissões era uma palestra sobre "educação emocional" promovida pela Comissão de Educação. Recém-empossado na Câmara, Rodrigo Maia decidiu ficar em Brasília nesta quarta, para "encontros de cortesia", segundo sua assessoria, com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, e com  o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

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