Para Cid, impeachment é solução simplória

Para Cid Gomes, a solução para o País é a repactuação da relação entre Executivo e Legislativo

[caption id="attachment_126219" align="alignleft" width="300"]-05 Para Cid, impeachment é solução simplória imagem ilustração:Correio Braziliense[/caption] O ex-governador do Ceará Cid Gomes disse ontem, na Assembleia Legislativa, que PSDB e PMDB tramam um golpe para tomar o Governo da presidente Dilma Rousseff. Ele defendeu que a petista é uma pessoa bem intencionada e ressaltou que o impeachment é uma solução simplória que, caso se concretize, submeterá o País a meses de insegurança institucional. Para o ex-governador, enquanto a sigla peemedebista tem sete ministérios no Governo Dilma, em uma possível gestão de Michel Temer terá muito mais cargos. "Se tem sete ministérios, no Temer terá 15. Meu Deus, saia de perto!". "O PMDB está no Governo de hoje? Estava no Governo de Dilma? Com Lula no primeiro e segundo mandatos? Com Fernando Henrique? Com Sarney? O PMDB está no poder desde sempre, porque aquilo é a sobrevivência deles. Vivem de mamatas do Governo Federal. Como estão vendo a possibilidade de impeachment, já estão migrando", afirmou o ex-governador. Cid Gomes também se posicionou sobre as recentes manifestações no País a favor do impeachment da presidente Dilma e ressaltou que o Brasil vive um momento passional tanto do lado daqueles que são favoráveis ao Governo quanto do lado dos que são contra. Para ele, o momento é de reflexão. "Será que o impeachment é a melhor solução? Colocar o Temer e ter na linha sucessória o Cunha? Eu acho que isso vai agravar a situação do nosso País", argumentou. Ele defendeu a democracia e os mandatos, bem como a segurança institucional do País. "Eu não estou satisfeito com a Dilma, mas ela foi eleita. E a gente deve militar para que ela volte a reorientar seu Governo em serviço dos mais pobres". Em sua avaliação, o Brasil não está no fundo do poço. "A economia tem saída rápida, mas a grande crise é a política". Para Cid Gomes, a solução para o País é a repactuação da relação entre Executivo e Legislativo, visto que o atual relacionamento, em sua opinião, é a matriz da corrupção brasileira.

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