Cúpula do PMDB deve se reunir para avaliar nomeação de Mauro Lopes
Deputado do PMDB de Minas foi anunciado como novo ministro da Aviação Civil.
[caption id="attachment_126115" align="alignright" width="300"] O deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) durante seminário na Câmara (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)[/caption] Em convenção, partido decidiu não assumir cargos no governo por 30 dias. Filipe MatosoDo G1, em Brasília A cúpula do PMDB deverá se reunir na próxima sexta-feira (16) para discutir o caso do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), anunciado nesta quarta-feira (18) pela Presidência da República como novo ministro da Secretaria da Aviação Civil. Na convenção do partido no último fim de semana, uma das moções aprovadas estabelece que nenhum integrante da sigla pode aceitar cargos na administração federal nos próximos 30 dias, prazo estipulado para que o diretório nacional decida se o PMDB deixará o governo e entregará os cargos que detém. Segundo integrantes da cúpula do partido, o caso de Mauro Lopes poderá ser levado para avaliação do Conselho de Ética da sigla, o que, no limite, pode resultar até na expulsão do parlamentar. Desde a manhã desta quarta, o G1 tenta contato com o deputado, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem. Nesta terça (15), o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, se reuniu com Mauro Lopes. Segundo assessores de Temer, os dois acertaram que o prazo de 30 dias estipulado pela convenção seria respeitado. Conforme esses interlocutores do vice-presidente, apesar do acerto, Temer não disse ao deputado que, se ele fosse nomeado, sofreria algum tipo de sanção partidária. O anúncio pelo governo de que o deputado do PMDB assumirá o ministério foi feito por meio de nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, na qual o governo também informou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumirá a Casa Civil no lugar de Jaques Wagner, deslocado para a chefia de gabinete da presidente Dilma Rousseff. Mauro Lopes, 79 anos, está no quinto mandato consecutivo de deputado federal desde 1995. Formado em direito, ele fez carreira na Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais, onde chegou a superintendente no estado e depois a diretor-geral em Brasília. De 1999 a 2000, licenciou-se do cargo de deputado para comandar a Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais. Lopes foi do PFL até 1997, quando migrou para o PMDB
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