Mulher morre com tiro em operação da PM

Polícia diz que mulher atingiu PM com cabo de vassora

[caption id="attachment_130647" align="alignleft" width="300"]-05 Mulher morre com tiro em operação da PM Após a morte da mulher, moradores fizeram um protesto e interditaram a Avenida Dioguinho com pneus e paus. A Polícia encerrou a manifestação [/caption] De acordo com a versão da Polícia, a vítima teria atingido um PM com um cabo de vassoura e a arma teria disparado Uma mulher morreu, na manhã desta sexta-feira (2), após sofrer um tiro de uma arma da Polícia Militar, em abordagem do Batalhão de Policiamento Turístico do Ceará (BPTur) na Favela da Embratel, na Praia do Futuro. A vítima, que ainda não foi identificada, chegou a ser levada para o hospital, mas morreu na unidade de saúde. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou que "quatro policiais do Batalhão de Policiamento Turístico do Ceará (BPTur) estavam abordando quatro homens na comunidade, quando, segundo eles, uma mulher teria chegado gritando com os agentes e ameaçando-os com um cabo de vassoura". Conforme o comandante do BPTur, tenente-coronel Weberton Gomes, as patrulhas estavam realizando abordagens de rotina na região. A mulher, que apresentava estado de embriaguez, não teria aprovado a ação policial e bateu no braço do PM com o cabo de vassoura. Com o impacto do objeto, a arma disparou "acidentalmente", segundo a Polícia, e o projétil atingiu a cabeça da mulher. Ela foi socorrida de imediato pela viatura militar e levada ao Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro, por volta de 12h, em estado gravíssimo. Conforme o coronel Hélio Martins, responsável pelo Setor de Segurança do IJF, a vítima foi encaminhada para a área do Risco 1, mas não resistiu e morreu quando recebia atendimento. O corpo da mulher foi levada para a sede da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). De acordo com a SSPDS, os policiais militares envolvidos na ocorrência que resultou na morte da mulher se apresentaram espontaneamente e foram ouvidos na sede da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do caso. A arma do PM foi apreendida. A Secretaria da Segurança disse ainda que um dos homens abordados pelos policiais também se apresentou à DHPP para testemunhar sobre a ocorrência. Protesto Revoltada com a morte da mulher, moradores da Favela realizaram uma manifestação na Avenida Dioguinho, próximo de onde ocorreu o homicídio, no início da tarde. Cerca de 40 pessoas interditaram a Avenida utilizando pneus e galhos queimados. O tenente-coronel Ricardo Colares, responsável pela Área Integrada de Segurança 3 (AIS 3), afirmou que a Polícia Militar foi chamada para a ocorrência e, depois de conversar com os manifestantes, conseguiu a liberação da via.

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