Foram necessárias 576 fotos para chegar ao resultado final da imagem que retrata os mínimos detalhes do clássico realizado no último domingo
Por Ida Sandes e Thiago PereiraSalvador
Centenas de fotos que, juntas, formam uma única e impressionante imagem.
A Megafoto do Ba-Vi inaugural da Arena Fonte Nova, divulgada nesta terça-feira pelo GLOBOESPORTE.COM, exigiu uma grande dose de paciência e muito trabalho até chegar a seu resultado final. Foram necessários dois dias para que todos os detalhes fossem resolvidos e, no final, o torcedor tivesse a oportunidade de se procurar no estádio, assim como nos livros infantis da série ‘Onde está Wally’, onde a grande diversão era a de encontrar o famoso personagem escondido em meio a multidão.
O grande responsável pela imagem panorâmica e rica em detalhes da estreia da Fonte Nova foi o fotógrafo Márcio Rodrigues, que trabalha com Megafotos desde 2009. A primeira experiência foi em um jogo realizado no Maracanã, entre Flamengo e Grêmio, partida que deu ao time carioca o título brasileiro daquele ano.
O trabalho do fotógrafo começou no domingo, data do duelo entre Bahia e Vitória na Fonte Nova. Marcio Rodrigues chegou ao estádio por volta das 13h com vários equipamentos na mochila. O kit incluía tripé, duas câmeras, peças robóticas e um aparelho que calcula a área e dimensiona o número de fotos que serão tiradas para compor o grande mosaico que constitui a Megafoto.
O grande segredo do trabalho está na cabeça robótica montada sobre um tripé, onde é instalada a câmera fotográfica. O “robô”, como é chamado, é o responsável por fazer o mapeamento de todo o estádio, calculando quantas fotos serão necessárias para que toda a área seja registrada. No Ba-Vi, foram necessárias 576 fotos para chegar ao resultado final.
Em alguns casos, é necessário tirar um número muito maior de fotografias para conseguir uma Megafoto. No entanto, Márcio Rodrigues explica que a estrutura da Fonte Nova é ideal para o trabalho.
- É um estádio alto. Favorece muito – conta o fotógrafo.
Depois que a bola rola, a máquina fotográfica começa a disparar e só para durante o intervalo, quando os torcedores se movimentam bastante e inviabilizam o trabalho. Desta forma, nem todas as pessoas foram clicadas no mesmo momento do jogo.
Na segunda-feira, o trabalho continuou, mas desta vez longe da Fonte Nova e das máquinas fotográficas. Com um potente computador, Márcio Rodrigues começa a montar o “quebra-cabeça” para gerar o impressionante resultado da Megafoto.
O recurso foi desenvolvido pela equipe de fotografia da Nasa em conjunto com o Google, e é usado no mundo inteiro principalmente para divulgação de lugares turísticos – pela internet, uma pessoa pode, por exemplo, ter uma ideia de como é a vista a partir do topo da Torre Eiffel, em Paris.
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