A situação dos reservatórios de água das hidrelétricas brasileiras, que geram 65% da energia consumida no pais, segundo os especialistas é crítica. E a contratação de energia térmica para resolver o problema pode se refletir no aumento da conta de luz.

Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, mostram que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, estão próximos aos registrados em 2000 e 2001, quando houve racionamento de energia.

Capacidades nas principais bacias:
O ultimo levantamento mostra as bacias do Sudeste e do Centro-Oeste com 29.83% de capacidade, essas duas regiões são responsáveis por cerca de 70% da produção da energia do país. O índice está um pouco maior do que o percentual de risco que é de 28%. No nordeste os reservatórios estão com 29,33% da capacidade, o limite para a segurança no abastecimento é de 34%.

O Governo Federal já vem contratando termoelétricas desde o mês de outubro de 2012. O custo do funcionamento dessa opção, já ultrapassou 1 bilhão de reais, e segundo os especialistas este investimento acaba no bolso do consumidor. A medida da presidência que reduz em 20%  a tarifa de energia elétrica é vista com ressalvas pelos especialistas. E o acionamento das térmicas, por um tempo maior, pode aumentar a conta de luz em até 14%.

Sistema interligado
De acordo com o diretor de energia da Agência de Desenvolvimento do Ceará (ADECE), Adão Linhares, como o sistema é interligado, somente as chuvas, nos lugares certos, podem garantir ofornecimento regular de energia. “Todo o sistema brasileiro está interligado, então todas as contratações de geração estão ligadas ao sistema da rede básica, é um “pull” de energia, não funcionam isoladamente”.

No Ceará, por exemplo, as termoelétricas Pecém I e Pecém II, em pleno funcionamento, vão dobrar a capacidade de geração de energia que o Ceará tem hoje, mas não garantem o abastecimento para o estado.