Indústria: CE terá queda suave no 2º semestre
Indústria prever retomada de crescimento em 2017
[caption id="attachment_130202" align="alignleft" width="300"] Segundo Studart, a perspectiva de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 1,6% anima o mercado ( FOTO: KID JÚNIOR )[/caption] Presidente da Fiec diz que setor chegará ao fim do ano com recuo menor que 1% e inferior aos primeiros seis meses A expectativa é que, no próximo ano, o setor já comece a retomar seu crescimento. Em um cenário de maior otimismo, a indústria cearense atingiu seu ponto de estabilização, segundo afirmou ontem o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart. A expectativa é que o resultado da produção no segundo semestre fique em torno de 0%, o que, se não compensa a queda registrada no primeiro semestre, de 5,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao menos não aprofunda ainda mais a redução. A expectativa é que, no próximo ano, o setor já comece a retomar seu crescimento. Segundo Studart, a perspectiva de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 1,6% anima o mercado. "Eu sinto que há um humor diferente. Todo mundo está mais crente, mais otimista. O dólar está mais equilibrado, os juros futuros estão cadentes. São essas condições macro que fazem com que a gente enxergue que o Brasil vai entrar em um regime de estabilidade", disse. Ele pondera, entretanto, que a situação é de estabilização dentro de uma ambiente de "fundo do poço" e que, para recuperar sua competitividade no meio externo, o Brasil ainda dependerá de diversos fatores. "Enquanto o mundo se desenvolveu, Estados Unidos, Europa e os países asiáticos, nós andamos para trás nesses últimos anos. Ficamos distantes e precisamos recuperar essas condições", destacou o presidente. Encontro com Temer Durante coletiva de imprensa para apresentar o empreendimento BS Design Corporate Towers, Studart destacou ainda as demandas que foram apresentadas pelo setor industrial ao presidente interino Michel Temer, na última segunda-feira (15). Na ocasião, Temer recebeu representantes das indústrias da Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. Entre as demandas apresentadas ao governo, Studart destacou a garantia da conclusão das obras de transposição de águas do Rio São Francisco, a aceleração das obras da Ferrovia Transnordestina, a expansão da rede de transmissão de energia elétrica e de subestações no Nordeste, a conclusão das obras da BR-222 e a aceleração do processo de concessão do Aeroporto Internacional de Fortaleza. Refis do Finor Outro ponto importante tratado, na avaliação do presidente da Fiec, foi o pedido para a realização de uma renegociação de dívidas, ao estilo Refis, dos fundos constitucionais e regionais de desenvolvimento, principalmente o Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor). "Temos R$ 22 bilhões a menos nesse fundo, totalmente vencido. Temos 1% ativo e 99% passivo, sem solução", argumentou. Segundo Studart, a Fiec se esforça para encontrar uma solução para o fundo de investimento há cinco anos. Para ele, a solução do problema daria aos empresários que ainda não sucumbiram a oportunidade de revigorar seu conceito cadastral. Ele destacou que todas as reivindicações apresentadas pelos representantes foram de caráter estruturante e muito bem recebidas pelo presidente interino. Reformas Também foram pontos de debate na reunião as reformas trabalhista e previdenciária. A primeira foi apresentada pelo presidente do Conselho Temático de Relações Trabalhistas e Sindicais (Cosin) da FIEC, Jaime Bellicanta. Segundo Studart, a proposta é criar um ambiente que a possa privilegiar os entendimentos entre empregado e empregador envolvendo o sindicato. "(A reforma) tem que sair", reforçou. Segundo o presidente, Temer não se posicionou sobre o tema, mas assegurou que enviará ainda neste semestre a proposta de reforma da Previdência Social ao Congresso, com perspectiva de aprovação até o ano de 2017. "Anuncia que tem um rombo de R$ 120 bilhões em cima da previdência, que no próximo ano deve ser de R$ 160 bilhões. Se a gente tiver o projeto de (reforma) da previdência e um juro declinante, vamos já melhorar essa situação do orçamento", declarou Beto Studart.
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