Mãe e filho cearenses morrem carbonizados no Japão

Incêndio atingiu três casas na província de Shiga

Mãe e filho brasileiros morrem em incêndio no Japão

Incêndio foi na madrugada da quarta-feira (26) em Shiga, no Japão.

Corpos foram encontrados carbonizados e abraçados, segundo família.

Dois cearenses morreram em um incêndio na provícia de Shiga, no Japão, na madrugada da quarta-feira (26), horário local. A cearense Patrícia Viana, 32 anos, e o filho Arthur, sete anos, estavam em uma das três casas atingidas pelo fogo. "Achamos que o fogo começou na casa deles e eles não tiveram tempo de sair", conta a irmã da cearense, Pâmela Pernambuco.

Patrícia e o filho estavam há dois anos no Japão. Ela era casada com um paulista, que no momento do incêndio estava no trabalho. "Meu cunhado trabalha à noite em uma fábrica. Ligaram para ele para falar sobre o incêndio. Ele me contou que ainda chegou a ver a minha irmã na janela de casa, mas ela não voltou", conta Pâmela.

De acordo com o cunhado, os bombeiros encontraram os corpos dos dois carbonizados e abraçados. "Eles eram muito amigos, muito ligados, cúmplices". A perícia do local realizou um exame de DNA para comprovar a identidade dos dois. Os corpos aguardam o resultado para serem cremados no Japão. Segundo a família, será feita um cerimônia religiosa em Shiga e, depois, o marido dela trará as cinzas para Fortaleza.

Segundo Pâmela, o cunhado está recebendo apoio de amigos locais. "Ele (cunhado) está totalmente sem chão. Perdeu tudo. Na casa deles, não sobrou nada", conta. A irmã de Patrícia conta que as casas são de madeira e têm piso de carpete, o que pode ter facilitado o alastramentodo fogo.

Família
No Brasil, a mãe de Patrícia que mora em Fortaleza não consegue acreditar na tragédia. "Minha mãe está arrasada. Fica se perguntando porque ela não pulou da janela". A irmã falou a última vez com Patrícia pela internet na manhã da terça-feira (25), horário do Brasil. "Falamos coisas rotineiras. E ela me deixou um conselho \'Fica perto da família\'. Ela era muito família. Nos falávamos direto".

Do G1 CE