Descoberta inédita: cobra 'víbora da morte' com três presas venenosas intriga cientistas
Cientista acrescentou que esta cobra ultrarrara “pode realmente ser a víbora da morte mais perigosa do mundo”.
Víbora rara possui duas presas bem juntas uma da outra no lado esquerdo da boca — Foto: Divulgação Australian Reptile Park
Animal com mutação rara vive no Australian Reptile Park. Cobra pode ser a víbora da morte mais perigosa do mundo.
Por Redação, do Um Só Planeta - 18/03/2025
Uma víbora da morte (Acanthophis antarcticus) com uma mutação nunca antes registrada está chamando a atenção de cientistas e especialistas em répteis. O animal, que vive no Australian Reptile Park, na Austrália, possui três presas venenosas em vez das duas habituais.
A descoberta foi feita durante um procedimento de extração de veneno, e o que foi demonstrando é que a cobra tem uma capacidade de injeção de toxina de aproximadamente o dobro de uma víbora com duas presas — embora não esteja claro se o rendimento maior é resultado da presa extra ou se este indivíduo em particular produz grandes quantidades de veneno.
“Isso é algo que nunca vimos antes”, disse Billy Collett, gerente do Australian Reptile Park, à Live Science. “Temos essa víbora da morte no programa de veneno há cerca de sete anos, mas só recentemente notamos a terceira presa. Achei que ela simplesmente cairia com o tempo, mas um ano depois, ela ainda está lá!”
Ele acrescentou que esta cobra ultrarrara “pode realmente ser a víbora da morte mais perigosa do mundo”.
A cobra de três presas sendo ordenhada por seu veneno — Foto: Divulgação Australian Reptile Park
Substituição de presas
Nativa da Austrália e da Nova Guiné, a Acanthophia é uma das cobras mais rápidas do mundo no ataque – é capaz de morder e injetar veneno de suas presas em menos de 0,15 segundos – e possui um veneno neurotóxico capaz de causar paralisia e morte se não tratado rapidamente. Antes de existirem antídotos, cerca de metade das picadas dessa espécie eram fatais.
Ainda não está claro porque o indivíduo que vive no Australian Reptile Park tem três presas, mas isso pode estar relacionado ao processo de troca delas. Semelhante aos dentes adultos humanos, as víboras da morte têm presas de substituição crescendo atrás das ativas, então quando uma é perdida, uma nova se move para frente para tomar seu lugar. Isso garante que as presas permaneçam afiadas e funcionais para injetar veneno.
“É normal que as víboras da morte percam presas ao longo do tempo e as substituam por novas a cada poucos meses ou mais”, explicou Collett. “Infelizmente, não sabemos realmente o que causou o desenvolvimento da terceira presa fixa e atualmente não temos instalações para executar nenhum teste.”
https://umsoplaneta.globo.com/biodiversidade/noticia/2025/03/18/descoberta-inedita-cobra-vibora-da-morte-com-tres-presas-venenosas-intriga-cientistas-assista.ghtml
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