Inflação desacelera na RMF em setembro; maior do País no ano
A inflação da RMF também lidera a alta no Brasil
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De janeiro a setembro, as maiores altas ocorreram nos preços do feijão carioca (119,27%), feijão mulatinho (116,17%) e feijão fradinho (65,57%) ( FOTO: ALEX COSTA ) [/caption]
Em 12 meses, a inflação da RMF também lidera a alta no Brasil, com 10,87%. Em setembro, o índice variou 0,43%
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) desacelerou em setembro para 0,43% ante alta de 0,54% em agosto. Apesar do pequeno alívio, a taxa acumulada de janeiro até o mês passado permanece na liderança como o índice mais alto do País, com avanço de 7,13%. Nos últimos 12 meses, o IPCA da RMF também continua sendo o maior entre as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com alta de 10,87%.
E o índice devem prosseguir resistentes nos próximos meses, principalmente devido à pressão dos preços dos alimentos, de acordo com a avaliação do economista Alex Araújo. Ele acredita que a tendência para o Brasil é de queda da inflação, mas que a situação da RMF deve permanecer crítica. "Uma parcela substancial da cesta deriva de alimentos locais, então o consumidor sofre muito a influência da inflação regionalmente".
"Mesmo com o consumidor se utilizando de estratégias como as substituições nos alimentos, ele deve continuar sob a pressão dos preços locais", destaca Araújo. Ele ressalta ainda que a resistência da inflação deve afetar o comportamento de consumo. "Não dá para substituir todos os produtos", acrescenta.
No apanhado dos primeiros nove meses do ano, apresentaram as maiores taxas os grupos cereais, leguminosas e oleaginosas, com avanço de 41,53%; sal e condimentos (19,36%); papelaria (19,08%) e frutas (17,96%). Considerando apenas itens isolados, os avanços mais expressivos foram observados no feijão carioca (119,27%); feijão mulatinho (116,17%) e feijão fradinho (65,57%), além da manteiga (57%); leite condensado (51,30%) e o mamão (47,84%).
Entre os resultados negativos estão tubérculos, raízes e legumes (-16,06%); mobiliário (-2,37%); roupa feminina (-0,43%) e roupa infantil (-0,11%). Dos itens isolados, deflacionaram passagens aéreas (-38,80%); cebola (-36,78%); maracujá (-27,93%); cimento (-18,44%); cenoura (-16,68%) e batata inglesa (-13,28%).
Estabilidade
No Brasil, a taxa de 0,08% registrada em setembro é a menor para o mês desde de 1998 (0,01%). A última vez que o País viu o índice em nível tão baixo foi em julho de 2014. Em agosto, a inflação estava em 0,44%. No ano, o IPCA ficou em 5,51%, enquanto nos 12 meses, o indicador chegou a 8,48%, acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. O alívio no preço dos alimentos, cujo grupo deflacionou 0,29%, foi o principal motivo para a inflação mais branda em setembro.




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