Rubro-Negro consulta Santos, recebe aceno positivo, mas chega a consenso de que investimento de R$ 23,8 milhões não vale a pena
Por Eduardo Peixoto e Janir JúniorRio de Janeiro
Primeiro, o lançamento do muro de tijolinhos no Ninho do Urubu; no fim, uma pedra colocada sobre a negociação com Ganso. Depois de estudar uma cartada decisiva para contratar o jogador do Santos, uma reunião de emergência no início da tarde desta segunda-feira contou com a participação da presidente Patricia Amorim, diversos dirigentes e a cúpula de futebol. Após horas de debate, a conclusão: não valeria a pena o pesado investimento.
O Flamengo chegou a fazer uma consulta à diretoria santista, acenando com o pagamento de R$ 23,8 milhões por 45% dos direitos econômicos, e recebeu uma resposta positiva. Mas o histórico do jogador - que operou os dois joelhos e tem frequentes lesões musculares - e a impossibilidade de colocá-lo para jogar imediatamente por conta de um estiramento na coxa foram pontos cruciais na decisão.
A negociação, que não era unanimidade, tinha apoio de Zinho, do vice de futebol Paulo Cesar Coutinho e do vice de finanças Michel Levy. Nesta segunda, Patricia Amorim recebeu através de intermediários a informação de que Ganso teria, sim, vontade de defender o Flamengo. No clube, porém, sempre existiu uma corrente que defende que a contratação estaria fora da realidade do Rubro-Negro.
O meia é cobiçado pelo São Paulo, mas o Santos informou que só aceita negociar sua parte dos direitos econômicos do jogador (45%) se houver o pagamento integral da multa: R$ 53 milhões. Deste valor, R$ 23,8 milhões são destinados ao clube da Vila Belmiro. Ganso ainda não chegou ao limite de sete partidas pelo clube paulista - tem cinco - e poderia se transferir para outra equipe da Série A. O prazo de inscrição na CBF termina em 21 de setembro.