Cidade é o mais antigo povoado da Chapada e já foi polo do expansionismo.
Pinturas originais do século XVIII são redescobertas na Chapada Diamantina, território de serras localizado no centro do estado da Bahia, a 572 km de Salvador. As pinturas foram redescobertas por técnicos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) durante restauração da Igreja Matriz de Bom Jesus de Piatã, que está sob tombamento provisório pelo Estado.
De acordo com informações da coordenadora de restauro de elementos artísticos do Ipac, Milena Tavares, a pintura original tem cerca de 250 anos e foi encontrado em uma talha de madeira, pintado grotecamente. “São duas peças entalhadas em madeira umburana, com 17 m², sendo 6,5 cm de altura por 2,65 cm de largura, que têm mérito excepcional pela originalidade”, explica.
Um altar em alvenaria e com decoração em alto relevo foi descoberto escondido por trás do altar reconhecido atualmente. Foi descoberto a pintura original com vestígios de dourado, que recebeu diversas pinturas ao longo dos anos, cobrindo a criação original. Atualmente os técnicos fazem a remoção das pinturas. A igreja possui querubins, anjos, atlantes (figuras masculinas) e cariátides (femininas) com fisionomia nordestina, representando a população local.
História
A igreja matriz de Piatã é originária do século XVIII (1730) com desenhos de edificação originário do século XVII, com tipo de fachada introduzida pelos jesuítas. A cidade é o mais antigo povoado da Chapada Diamantina e era conhecida anteriormente como Bom Jesus de Limões e se tornou um dos polos do expansionismo minerados após caminho aberto que ligava Rio de Contas a Jacobina.