‘Precisamos expelir de nossa cultura a herança de desigualdade’.
Lilian QuainoDo G1, no Rio
“O BNDES cultiva a ética e a sente como um pilar chave em sua identidade”, disse na manhã desta terça-feira (28) o presidente do banco, Luciano Coutinho, na abertura do Seminário de Gestão da Ética nas Empresas Estatais.
Segundo Coutinho, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trata a ética como um valor muito caro, tanto que, no planejamento estratégico elaborado pela empresa três anos atrás, foram consultados “os valores históricos que construíram o banco e os da atual geração, olhando para o futuro”.
Coutinho disse que a elaboração do planejamento estratégico gerou quatro grandes qualidades para o banco: ética, espírito público, excelência e compromisso com desenvolvimento do país.
O presidente do banco ressaltou que a cultura brasileira, com sua raiz histórica portuguesa, influenciada por outras nacionalidade e etnias viveu, a partir da Colônia, a construção de uma sociedade escravista, desigual e autoritária, que se transformou no processo de industrialização, mas que ainda guarda heranças de desigualdade e preconceito.
"Essa herança de desigualdade e preconceito é que precisamos diluir, dissolver e expelir de nossa cultura. Ao mesmo tempo, nossa cultura tem abertura e acolhimento para com os direitos humanos, e o sentimento de justiça. Essa qualidade pode impulsionar um avanço nas condutas éticas com ganho de qualidade para a vida do país", disse Coutinho.