Focos de queimadas se alastram pelo cerrado na região central do Estado

Cidade é a segunda no ranking nacional de focos de incêndios.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

Neste período do ano os focos de queimadas se alastram pelo cerrado na região central do Estado. Em Grajaú, o fogo ameaça plantações e animais. O município, que tem o maior índice de pontos de incêndios no país, trava uma batalha contra o fogo, que avança por causa dos ventos fortes e o tempo seco. O trabalho dos brigadistas do IBAMA para conter as chamas começa ainda na madrugada.

A reportagem exibida no JMTV 1ª Edição desta segunda-feira (20) mostra um dado alarmante: Em Grajaú, mais de 400 focos de queimadas são captados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais. Grajaú é também o segundo município com o maior índice e queimadas em todo o país, atrás apenas de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. No Maranhão, apenas no mês e agosto, mais de 8.400 focos de queimadas foram registados.

O Estado possui apenas onze brigadas de incêndio, coordenadas pelo IBAMA e pelo Previfogo, que atuam no combate e incêndios florestais. A equipe de reportagem da TV Mirante acompanhou o trabalho da brigada de Grajaú, formada por 15 pessoas. A preocupação do grupo é maior com as áreas de preservação ambiental, que deixam os produtores rurais em alerta durante o dia todo. Na tentativa de evitar queimadas desordenadas, eles fazem aceiros que evitam a passagem do fogo para as áreas de preservação. A medida é urgente.

Apesar do esforço, as situações podem se agravar. Em locais de matas fechadas, o combate aos focos de incêndio nas reservas fica complicado para os brigadistas. As consequências são desastrosas e nem todos os animais conseguem sobreviver ao fogo. E os produtores da região denunciam outro crime, desta vez contra a fauna: apesar de ser proibida a caça de animais silvestres na região, os caçadores são vistos com frequência no local.

Entre todos os municípios maranhenses, Grajaú ocupa, de acordo com o IBAMA, o primeiro lugar no ranking de focos de queimadas. Com tantos incêndios, as equipes de brigadistas chegam a trabalhar, em média, durante 10 horas por dia e para combater as chamas, usam abafadores e água, além do contrafogo.