Cartazes que informam empréstimo sem juros atraem pessoas para o golpe.
“Quando a esmola é demais, o santo desconfia”. O ditado é bastante antigo, tanto que em alguns locais, como Varginha (MG), algumas pessoas não tem praticado a sabedoria popular. O golpe do empréstimo fácil tem levado muita gente a perder dinheiro em Varginha (MG).
Segundo a Polícia Militar, mais de 100 pessoas já foram enganadas pelas facilidades de conseguir empréstimo sem juros na cidade.
O método mais comum praticado por estelionatários são os panfletos que anunciam jeitos fáceis de conseguir dinheiro, sem consulta ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), Serasa e ainda autorizado pelo Banco Central, contudo, na maior parte das vezes, estes anúncios são armadilhas. A reportagem da EPTV entrou em contato com a empresa e nenhum número atendeu.
Uma mulher, que não quer se identificar caiu no golpe para conseguir o dinheiro. Ela teve que depositar R$ 200 antes de conseguir o valor solicitado e quando percebeu a farsa, registrou um boletim de ocorrência. “Quando eu vi o cartaz me deu uma loucura, né. Eu estava precisando de dinheiro e fui atrás, mas quando fiz o depósito não caiu o dinheiro na minha conta em meia hora, conforme eles anunciavam. O valor seria de R$ 2 mil e eles ainda me pediram para depositar mais R$ 300 para me emprestarem R$ 5 mil, foi aí que percebi que se tratava de um golpe”, conta.
De acordo com a Polícia Militar, mais de 100 casos bastante semelhantes foram registrados, o que é uma forma de estelionato. A tenente Bianca Grossi Silveira Campos fala sobre os golpes. “O número de casos cresce a cada dia. É importante procurar a Polícia Militar e relatar os casos sempre”, comenta.
Seja para comprar alguma coisa ou quitar dívidas, na busca pela solução de problemas financeiros, muita gente acaba criando outros, é aí que o empréstimo aparece como a saída mais rápida, mas nem sempre é a melhor, por isso, antes de pegar dinheiro empresto é necessário ficar atento a alguns detalhes.
O advogado especialista em direito do consumidor, Gustavo Chalfun, alerta principalmente para as taxas de juros cobradas. “O consumidor deve observar sempre o percentual de juros e quais as outras taxas que acrescidas aos juros deixam o crédito ainda maior e a pessoa cada vez mais endividada”, orienta.
Há também a opção de consultar quais são as cooperativas e bancos autorizados no site do Banco Central.