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Londres (GBR)
Se sexta-feira as mulheres brasileiras não foram bem, tendo até sido eliminadas em duas competições, os homens foram brilhantes neste sábado. Vitória acachapante no basquete contra China: 98 a 59. Vitória suada vôlei: 3 a 2 contra Sérvia. Vitória sofrível no futebol: 3 a 2 contra Honduras. No mundo internacional, a despedida de um ídolo. Michael Phelps se aposenta em grande estilo: ouro para ele no revezamento 4x100 medley.
Se no basquete feminino a Seleção até agora não conseguiu vencer, no masculino conseguimos a terceira vitória neste sábado. Impondo um ritmo frenético desde o primeiro quarto, no qual terminou 21 a 9 para nossa Seleção, o Brasil passeou em quadra e deu uma aula para os chineses. Só faltou chegar nos três dígitos do placar. No final, um 98 a 59 de respeito e classificação garantida para as quartas de final.
No futebol feminino, nossa Seleção perdeu para as japoneses e foram para casa mais cedo. A masculina quase seguiu o mesmo caminho. Numa partida em que o time demorou a encontrar o ''timming'', o time de Neymar, Oscar, Damião & Cia. ficou duas vezes atrás do placar contra a fraca seleção de Honduras. Um 3 a 2 chorado, mas semifinais e sonho do ouro olímpico garantidos.
''Caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos todos iguais, braços dados ou não''. Os versos de Geraldo Vandré resumem claramente a participação do vôlei de quadra na quarta rodada dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Na sexta, vitória feminina por 3 sets a 2 contra a China. Neste sábado, vitória masculina por 3 a 2 contra a Sérvia, num jogo em que a superação foi, acima de tudo, o ponto chave da equipe de Bernardinho.
No vôlei de praia, tivemos sorte no masculino e azar no feminino. Contando mais uma vez com os bloqueios de Alison, a dupla Alison/Emanuel não deixou os alemães Erdmann e Matysik jogarem e carimbaram ida para as quartas de final: 2 sets a 0, com parciais de 21/16 e 21/14. Já no feminino, Talita e Maria Elisa permitiram que a bruxa entrasse no confronto com as tchecas Slukova e Kolocova. Derrota por 2 sets a 1 (21-16, 20-22 e 15-9) e despedida precoce na competição.
Altos e baixos nos outros esportes
Na primeira prova de saltos no hipismo, a equipe brasileira fez boas apresentações encerrando o primeiro dia com três conjuntos classificados para a segunda fase. Álvaro Affonso de Miranda Neto/Rahmannshof's Bogeno e José Roberto Reynoso/ Maestro St. Lois completaram o percurso sem sofrerem penalizações. Já Rodrigo Pessoa/Rebozo, perdeu um ponto por ter estourado o tempo limite.
No atletismo, um dia sem medalhas e com algumas decepções. Mauro Vinícius da Silva foi sétimo colocado no salto em distância. Rosângela Santos, nos 100m, fez até um bom tempo, 11s17, mas não foi suficiente para classificá-la à final. Nilson André não conseguiu vaga para as semifinais dos 100m. Ele terminou sua bateria na quinta posição com 10s26, melhor marca da carreira. Fabiana Murer era a chance do primeiro pódio na modalidade. Disposta a superar o drama de Pequim-2008, ela foi para a prova bastante concentrada. Só não contava com uma coisa: o vento. Não conseguiu passar dos 4,50m e foi eliminada do salto com vara. O sonho da medalha olímpica ficou para Rio-2016.
Um zero a zero no boxe. Um pugilista ganhou, o outro perdeu. Everton Lopes entrou nos Jogos Olímpicos como o atleta número 1 para quebrar o jejum de medalhas. Não passou das oitavas de final e foi embora para casa mais cedo. Já Yamaguchi Falcão foi bem. Lutou com bravura e determinação as oitavas de final. Venceu o combate e agora está a uma vitória do bronze.
Na vela, um dia de esperanças para três brasileiros. Fernanda Oliveira e Ana Barbachan na 470 e Bimba na RS:X melhoraram suas colocações e começam a pensar em classificações para a Regata da Medalha. Eles estão bem, respectivamente, quinto e décimo lugar. Nas outras classes, eliminações. Bruno Fontes na Laser, Adriana Kostiw na Laser Radial e Jorge Zarif na Finn, terminaram, respectivamente, nas 13ª, 25ª e 20ª posições e não podem mais alcançar os dez primeiros velejadores.
Despedida de Phelps, zebra nos gramados e marcos históricos
No último dia da natação, para não sair da rotina, mais recordes. Na prova mais longa da Olimpíada, Su Yang estabeleceu novo recorde mundial nos 1.500m. Ouro com o tempo de 14m31s02. Nos revezamentos, ouro para os Estados Unidos. Mostrando mais uma vez possuírem uma escola de natação de dar inveja a muitos outros, os EUA venceram o revezamento 4x100 medley feminino, com direito ao recorde mundial, e o masculino na despedida de Michael Phelps das piscinas. Para encerrar, Ranomi Kromowidjojo, da Holanda, venceu os 50m livre e bateu o recorde olímpico.
No atletismo mais um fato histórico nestes Jogos. Numa das eliminatórias dos 400m, o sul-africano Oscar Pistorius, que corre com próteses de fibra de carbono no lugar das pernas, se classificou para as semifinais da competição. Esta é a primeira vez que um atleta paralímpico disputa uma Olimpíada. Já no heptatlo não deu outra. A nova queridinha do Reino Unido, Jessica Ennis, confirmou mais um ouro para os anfitriões.
Nos gramados, a Olimpíada de Londres ficará marcada como sendo a Olimpíada das zebras. Depois de Espanha e Uruguai serem eliminados logo na fase de grupos, a Coreia do Sul desbancou os donos da casa nos penaltes. O adversário dos sul-coreanos na semifinal será a Seleção Brasileira.
Finalizando, um chegada de tirar o fôlego no triatlo. A suíça Nicola Spirig e a sueca Lisa Norden praticamente cruzaram a linha no mesmo tempo. A definição ficou para a fotografia e o ouro foi para a Suíça. No tênis, Serena Willians se tornou a segunda atleta da história da Era Moderna do esporte a conseguir o Golden Slan (Wimbledon, US Open, Austrália Open, Roland Garros e Olimpíada). Derrotando Maria Sharapova na final por 2 sets a 0 (6/0 e 6/1), a americana igualou o feito de Steffi Graf, mas com uma diferença entre as duas: Willians possuiu os títulos em anos díspares, já Graf conseguiu todos em 1988.