O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no primeiro dia de julgamendo do processo do Mensalão, que todos os 38 réus serão julgados. O cronograma previsto, no entanto, atrasou. Isso porque um questionamento dos advogados de três acusados tomou quase quatro horas da sessão, que estava prevista para durar cinco horas.
O ex-ministro Márcio Thomaz Bastos pediu, logo no início dos trabalhos, que os réus sem foro privilegiado fossem separados do processo e julgados em primeira instância. O pedido, responsável pelo atraso na sessão, foi negado por 9 votos a 2.
Somente os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) têm o benefício, que é concedido a parlamentares, ministros, presidente e vice. O foro privilegiado exige que quem o possui só possa ser julgado pelo STF. Dos 11 ministros, somente Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello votaram a favor da separação do processo.
Nesta sexta-feira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deve utilizar toda a sessão para acusar os réus. Com isso, os defensores só deverão apresentar a defesa na próxima segunda.