Justiça arquiva caso de suspeita de contrabando de fósseis no Cariri

A justiça arquivou o processo por tráfico de fósseis contra dois paleontólogos que realizavam pesquisas no Ceará, um brasileiro e outro francês. Eles foram detidos em maio no Aeroporto do Cariri com material extraído para pesquisa. A apreensão e denúncia de tráfico de fósseis foi feita pela Polícia Federal de Juazeiro do Norte.  

Os professores foram presos durante um dia e soltos após pagamento de fiança, de R$ 5 mil para cada um dos pesquisadores. Colegas e pesquisadores da Universidade Regional do Cariri fizeram uma cota para pagar a fiança dos professores detidos. 

Os pesquisadores moravam no interior do Ceará há um ano e vieram ao Ceará a convite da Universidade Regional do Cariri, para a qual fazem pesquisas e estudo de fósseis da região. 

Segundo a Polícia Federal, a região do Cariri cearense é uma área rica em fósseis, o que desperta interesse de pesquisadores e contrabandistas. Por conta do contrabando, a Polícia Federal diz que reforçou a fiscalização na região. 

Segundo as leis vigentes no Brasil, os fósseis são bens da União e são fiscalizados por órgãos como a Secretaria de Meio Ambiente e o Ibama. Os órgãos são os únicos que podem emitir permissão para pesquisa em áreas com a presença de fósseis. 

"Os fósseis, não há permissão para serem extraídos e lapidados, nem transportados. Essa lapidação é controlada e as infrações são crime", explica o delegado da Polícia Federal Francisco de Assis Bonfim.

Fonte: G1 CE