Pacientes esperam mais de um mês por cirurgias em hospital de Fortaleza

Do G1 CE, com informação da TV Verdes Mares

Os pacientes do Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o Frotinha do Bairro Messejana, em Fortaleza, reclamam da demora na realização de cirurgias e da falta de medicamento nas unidades. “Prefiro ir para casa do que ficar morrendo aqui dentro. Não cuidam da gente direito”, disse o auxiliar de serviços gerais Alexandre Muniz, que espera há mais de um mês por atendimento. A Prefeitura de Fortaleza informou que está levantando a situação dos hospitais da cidade para então se pronunciar.

A equipe de reportagem da TV Verdes Mares flagrou, com uma câmera escondida, diversos pacientes com fraturas aguardando cirurgias em macas espalhadas pelos corredores da unidade hospitalar. Uma idosa, que não conseguiu uma maca, tenta dormir dividida entre uma cadeira e um banco.

“Estou aqui desde o dia 20 de dezembro para fazer uma operação [cirurgia no braço]. Até hoje”, diz um dos pacientes internados no Frotinha de Messejana. Um outro reclama de dores e da falta de remédios. “Os remédios eu que tenho que comprar”, diz.

Familiares têm queixas sobre a falta de atenção com os pacientes. Um parente de um homem acidentado disse ser o único a prestar atenção nas necessidades do homem ferido. “Ele está aqui há quatro dias. Não pode nem andar. Se não sou eu para cuidar dele...a gente está 24h aqui”, afirma.

A Prefeitura de Fortaleza informou que a situação do Frotinha de Messejana só pode ser resolvida com o aumento do número de leitos e de cirurgias. Não há previsão para que isso ocorra. A prefeitura disse que os gestores da saúde ainda estão fazendo um levantamento para saber quais são as reais demandas da saúde em Fortaleza. Para somente depois disso, tomar as medidas necessárias.

De acordo com o coordenador de gestão hospitalar da Prefeitura de Fortaleza, Francisco Alencar, as prioridades serão retomar a reformar do Hospital Distrital Gonzaga Mota no Bairro Barra do Ceará, o Gonzaguinha, e do Hospital Frotinha Parangaba Maria José Barroso, o Frotinha do Bairro Parangaba. “Hoje nós temos leito de retaguarda nos hospitais Santa Casa, no PSA, no Hospital da Polícia, no Hospital Batista e no Hospital Fernandes Távora. Queremos ampliar o atendimento nessas unidades em que já existem leitos e também queremos abrir novas oportunidades”, disse Francisco Alencar.