Cardápio antiespinha ajuda a controlar acne

Da Redação vivabem@band.com.br

A acne é, sem dúvida, a doença dermatológica mais comum do mundo. 20% da população mundial estão sofrendo ou já sofreu com esse problema, de acordo com os dados apresentados pela Academia Americana de Dermatologia.

Mas, o que é a acne? Trata-se de uma doença que surge na adolescência por múltiplos fatores, acometendo as áreas oleosas da face, das costas e do tórax. o aumento da oleosidade, a inflamação, o espessamento dos folículos e a infecção pela bactéria P. Acnes são alguns dos motivos que podem desencadear esse quadro.

"Essa bactéria degrada o sebo em ácidos graxos livres, produtos pró-inflamatórios que colaboram para piorar a inflamação", explica o dermatologista Jardis Volpe, integrante da Sociedade Americana de Acne e Rosácea.

De acordo com o especialista, existem diversos graus da doença. "Em geral, dividimos a acne em comedoniana, quando estão presentes as espinhas e os cravos, e em inflamatória, quando encontramos aquelas lesões avermelhadas e com mais inflamação", afirma.

Além dos tratamentos individualizados, o especialista reforça que é importante tomar alguns cuidados com a dieta alimentar. "Durante muito tempo, parte da comunidade médica dizia que a alimentação não interferia no quadro da doença. É claro que o tipo de dieta não causa a acne, mas influencia na sua melhora ou piora", explica.

Para identificar esses alimentos capazes de influenciar no quadro da doença, especialistas americanos separaram cinco alimentos que podem ter algum impacto: os carboidratos, os alimentos de leite e derivados, os antioxidantes, óleo de peixe e os probióticos.

Carboidratos: Alguns estudos mostraram que, em algumas sociedades com baixo consumo de carboidratos e baixo índice de glicemia, não foram encontradas pessoas com acne. Uma pesquisa na Austrália, com 23 homens com acne, de idades entre 15 e 25 anos, conseguiu reduzir a severidade de seu quadro com uma dieta de baixo índice glicêmico.

Os principais inimigos são os açúcares e os carboidratos vazios, como os alimentos feitos com farinha branca, arroz branco, batata e derivados da cana-de-açúcar. Estes alimentos liberam uma cascata de eventos inflamatórios e hormonais, que causam acne.

O mais indicado é ingerir pão com multigrãos, vegetais, feijões, etc. No caso das frutas, existem algumas com alto índice glicêmico que devem ser evitadas, como é o caso da banana, melancia e kiwi. Prefira cerejas, maçãs e ameixas.

Leite e derivados: a ingestão de leite, principalmente integral, estimula o aumento do IGF 1, o hormônio do crescimento, outro "pró-inflamatório" do organismo. Uma alternativa para não perder o cálcio e a vitamina D é consumir leite de amêndoas ou leite desnatado.

Antioxidantes: agem para reduzir a inflamação. Não existem estudos que comprovam sua efetividade, mas esta é uma tendência. Chá verde, brócolis, espinafre são alimentos ricos em vitamina C, licopeno, vitamina B3 (niacinamida) e zinco são alguns que possuem bastante antioxidantes.

Óleo de peixe: O ômega 3 está presente na sardinha, no salmão e o ideal é que algo em torno de 1g ou 3g seja ingerido por dia. A ação anti-inflamatória do óleo de peixe tem um impacto positivo na severidade das espinhas, mas é preciso tomar cuidado com o ômega 6.
Probióticos: São as bactérias boas do intestino. Segundo estudos, há uma relação entre o intestino, o cérebro e a pele. Os probióticos regulam a inflamação da pele, melhorando também a resistência à insulina. A microflora intestinal atua positivamente na pele. A dica é o consumo de um copo de iogurte desnatado todos os dias.