Câmara de Várzea Grande (MT) não tem espaço para novos vereadores
Ele também estuda a possibilidade de locar outro prédio.
Falta espaço para acomodar os vereadores na Câmara Municipal de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Nesta legislatura, aumentou de 13 para 21 o número de parlamentares. O prédio da instituição não dispõe de gabinetes suficientes e não há espaço no plenário para a instalação de mais mesas. O presidente da Casa de Leis, Waldir Bento da Costa, disse que a partir de fevereiro deve ser feita uma reforma. Isso se tiver recurso para a obra.
"A partir de fevereiro, tendo condições, dentro das finanças da Casa, vamos abrir licitação, como manda a legislação, para que possamos fazer uma reforma. A segunda opção, se isso não for favorável, vamos discutir a locação de um imóvel nas proximidades", afirmou o presidente do Legislativo várzea-grandense.
O aumento também causou impacto no orçamento da Câmara. Em setembro do ano passado, os vereadores aprovaram reajuste salarial para os próximos legisladores, que tomariam posse neste ano. A remuneração mensal passou de R$ 6,5 mil para pouco mais de R$ 10 mil. Além do salário, os parlamentares recebem verba de gabinete, no valor de R$ 9 mil. Com esse dinheiro, podem contratar até seis assessores.
Com isso, o orçamento de janeiro não será suficiente para pagar as contas. A prefeitura do município repassou para o Legislativo R$ 888 mil, o que representa 6% da arrecadação municipal. Alguns fornecedores devem ficar sem pagamento, conforme o presidente da Casa. "Tive que renegociar com as empresas e readequar a folha para que possamos regularizar o pagamento dos servidores", frisou.
Dos 141 municípios mato-grossenses, 32 tiveram aumento no número de vereadores. Em todo o estado são 1.394 legisladores municipais, o correspondente a 101 a mais que no último mandato.
Segundo a cientista política, Cristiane Fonseca, além de Várzea Grande, outras cidades devem enfrentar problemas com o aumento de vereadores e avalia que falou planejamento. "Acaba que, muitas vezes, quem paga esse preço é a população, que elegeu um número maior de vereadores e fica sem referência de onde encontrar esses vereadores e de como contar com esses vereadores", pontuou.
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