Conheça os candidatos às presidências da Câmara e do Senado; eleição é no sábado
No Senado, a sessão está marcada para as 10h, enquanto na Câmara ocorrerá às 16h.
Imagem crédito: Luiz Macedo
Conheça os candidatos às presidências da Câmara e do Senado; eleição é no sábado
No Senado, a sessão está marcada para as 10h, enquanto na Câmara ocorrerá às 16h. Os favoritos na disputa são Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), que contam com amplos apoios políticos.
Por g1 — Brasília 30/01/2025
Neste sábado (1º), deputados e senadores elegerão os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que comandarão os trabalhos legislativos entre 2025 e 2027. As votações serão secretas, seguindo as regras da Constituição e dos regimentos internos de cada Casa.
No Senado, a sessão está marcada para as 10h, enquanto na Câmara ocorrerá às 16h. Os favoritos na disputa são Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), que contam com amplos apoios políticos. Conheça os principais candidatos.
Da esq/dir: O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) abre sessão de sabatina de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal — Foto: TV Senado
O senador Marcos Pontes — Foto: Agência Brasil
O senador Marcos do Val — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Da esq/dir: O senador Eduardo Girão — Foto: Pedro França/Agência Senado
Hugo Motta é favorito para assumir a presidência da Câmara no lugar de Arthur Lira em 2025 — Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) em discurso na tribuna da Câmara. — Foto: Mário Agra/Agência Câmara
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) — Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Candidatos à Presidência do Senado
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)
Davi Alcolumbre, senador pelo Amapá, busca retornar ao comando do Senado, cargo que ocupou entre 2019 e 2021. Ele foi um dos principais articuladores da eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu sucessor, e manteve forte influência nos bastidores.
Conhecido por sua habilidade política, Alcolumbre consolidou uma ampla base de apoio. Atualmente, é um dos principais nomes no controle da distribuição de emendas e cargos no Congresso, o que fortalece sua candidatura.
O senador tem apoio de nove dos 12 partidos representados na Casa, além de três senadores do Podemos, cuja bancada foi liberada. Seu arco de alianças soma 76 senadores, o equivalente a 94% da Casa.
A eleição de Alcolumbre é vista como praticamente certa, pois conta com o endosso tanto de governistas quanto de opositores. Ele promete atuar como um moderador, garantindo o equilíbrio entre os interesses do Executivo e do Legislativo.
Adversários ideológicos, PL e PT, devem ocupar, por exemplo, as vice-presidências do Senado, resultado de sua articulação para evitar rupturas. No longo prazo, a vitória pode garantir sua reeleição em 2027.
Apesar do amplo favoritismo, Alcolumbre enfrenta desafios, como o cerco do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as regras de distribuição de emendas parlamentares, um dos pilares de sua influência política.
Marcos Pontes (PL-SP)
O senador Marcos Pontes — Foto: Agência Brasil
Ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes é senador por São Paulo e busca levar ao Senado um perfil técnico e pragmático. Ele ficou conhecido como o primeiro astronauta brasileiro e aposta em sua imagem pública para ganhar apoio.
Pontes anunciou sua candidatura sem o endosso total de seu partido, o PL. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e lideranças da legenda preferem apoiar Alcolumbre, o que enfraquece suas chances na disputa.
A candidatura de Pontes é vista como uma alternativa dentro da oposição, mas enfrenta dificuldades na consolidação de alianças. Até o momento, não há indícios de que consiga os votos necessários para vencer.
Marcos do Val (Podemos-ES)
Marcos do Val é senador pelo Espírito Santo e se apresenta como uma alternativa dentro do Senado. Sua atuação é focada na segurança pública, tema que utiliza como principal bandeira política.
Apesar de possuir um discurso voltado para a eficiência e transparência do Legislativo, ele enfrenta dificuldades na busca por apoios expressivos. Seu partido, o Podemos, não fechou questão sobre sua candidatura.
A falta de apoio consolidado dificulta suas chances.
Eduardo Girão (Novo-CE)
Eduardo Girão é senador pelo Ceará e representa o partido Novo na disputa pela presidência do Senado. Conhecido por seu discurso conservador, ele levanta bandeiras religiosas e contra a corrupção.
Girão é um dos principais críticos do que chama de "sistema político tradicional" e defende maior independência do Senado em relação ao governo federal.
Ele tenta atrair senadores insatisfeitos com a hegemonia de Alcolumbre, mas enfrenta dificuldades para ampliar sua base. Seu partido, o Novo, possui poucos representantes no Congresso, o que limita sua capacidade de articulação.
Girão é visto como um candidato de oposição simbólico, com chances reduzidas de vencer a disputa.
Candidatos à Presidência da Câmara
Hugo Motta (Republicanos-PB)
Hugo Motta, deputado federal pela Paraíba, é apontado como o favorito na disputa pela presidência da Câmara. Com 35 anos, pode se tornar o mais jovem presidente da Casa. Herdeiro de uma família com tradição política, Motta construiu sua carreira com base em articulações dentro do Centrão, grupo influente no Congresso. Sua candidatura conta com o apoio de 18 partidos, incluindo legendas de diferentes espectros ideológicos, como PL e PT, evidenciando sua capacidade de transitar entre diversas correntes políticas.
Apoiado pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira, Motta tem se comprometido a manter uma agenda de diálogo e equilíbrio, buscando atender tanto a base governista quanto a oposição. Sua habilidade em construir consensos e sua experiência em comissões importantes reforçam sua posição como favorito na disputa.
Motta promete dar maior previsibilidade às votações e fortalecer as prerrogativas dos deputados, temas caros aos parlamentares.
Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)
Henrique Vieira, deputado federal pelo Rio de Janeiro, é pastor, ator e ativista social. Representando o PSOL, sua candidatura à presidência da Câmara busca trazer uma perspectiva progressista e de defesa dos direitos humanos. Vieira tem se destacado por sua atuação em pautas sociais, defesa das minorias e combate às desigualdades.
Sua candidatura mantém a tradição do PSOL de lançar nomes próprios para a presidência da Casa, mesmo diante de candidaturas favoritas.
Vieira propõe uma gestão que priorize a transparência, a participação popular e o enfrentamento de discursos de ódio e violência política. Embora reconheça as dificuldades em uma disputa marcada por candidaturas mais consolidadas, sua participação é vista como uma forma de dar voz a setores da sociedade
Marcel van Hattem (Novo-RS)
Marcel van Hattem é deputado federal pelo Rio Grande do Sul e representa a oposição ao bloco do Centrão. Ele foi lançado pelo partido Novo como alternativa aos nomes tradicionais na disputa.
Ele busca oferecer uma opção aos deputados que se opõem às opções do Centrão e do governo Lula. Van Hattem defende maior transparência e o fim dos chamados "acordões políticos".
No entanto, enfrenta dificuldades para ampliar sua base de apoio. Atualmente, o Novo conta com apenas quatro deputados na Câmara, o que limita seu potencial eleitoral.
Sua candidatura tem como objetivo levantar debates sobre reformas no Congresso e a independência do Legislativo.
Van Hattem se coloca como uma oposição clara a Hugo Motta e ao modelo de governança do Centrão, mas sua candidatura é considerada simbólica diante da baixa chance de vitória.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/01/30/conheca-os-candidatos-as-presidencias-da-camara-e-do-senado-eleicao-e-no-sabado.ghtml
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