PEC quer unificar eleições no Brasil; prefeitos e vereadores podem ter mandatos prorrogados
PEC prever cargos eletivos do Legislativo e do Executivo do País em uma única data.
PEC quer unificar eleições no Brasil; prefeitos e vereadores podem ter mandatos prorrogados Por Redação [caption id="attachment_154258" align="alignleft" width="300"] Para o autor da PEC, a unificação das eleições em única data geraria uma "significativa" economia para os cofres públicosFoto: Marcelo Camargo / Agência Brasil[/caption] A proposta prevê que as escolhas para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores sejam realizadas em uma única data Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita na Câmara dos Deputados quer a unificação das eleições no Brasil. A proposta prevê que os pleitos para todos os cargos eletivos do Legislativo e do Executivo do País sejam realizados em uma única data. Em palestra realizada em Fortaleza nesta sexta-feira (7), o relator da PEC 59/2019 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT), defendeu a proposta. "É constitucional unificar as eleições. É constitucional estender as eleições até 2022", disse. Para isso, a PEC prorroga por dois anos os mandatos dos atuais prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, eleitos em 2016. Assim, os gestores municipais só deixariam o cargo em 1º de janeiro de 2023. Se aprovada a proposta, o eleitor terá que indicar na urna candidatos para sete cargos (presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador). Para justificar a mudança, o autor do projeto, deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), afirma que a unificação das eleições em única data geraria uma "significativa" economia para os cofres públicos, já que os gastos referentes às disputas municipais seriam "eliminados". O deputado ainda afirma que os recursos economizados poderão ser aplicados em serviços à população, como educação, saúde e segurança. Além disso, segundo a proposta de Peninha Mendonça, "é preciso considerar o momento delicado que o País atravessa". Segundo ele, "com a supressão do pleito eleitoral de 2020, a classe política, livre dos encargos inerentes às campanhas eleitorais, poderá concentrar-se nas reformas de que a República tanto precisa." Apoio De acordo com Valtenir Pereira, a atuação da Confederação Nacional de Municípios (CNM) pressionando os deputados federais para votarem favoráveis à matéria fez com que muitos deputados federais aderissem à ideia. No entanto, ele ressaltou que há parlamentares no Congresso Nacional que são contrários à medida, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), prefeito Nilson Diniz, disse ser favorável à medida, uma vez que, em sua avaliação, "quem sofre com as eleições a cada dois anos é o município. São até seis meses que ficamos sem recursos por conta das eleições", apontou. A proposta tramita em regime especial na Câmara dos Deputados, atualmente sob apreciação da CCJ, segundo portal da Casa Legislativa. A PEC do deputado emedebista tem teor semelhante à PEC 117/2011, apresentada em 2011 pelo deputado Augusto Coutinho, que previa a unificação das eleições a partir do pleito de 2018. Na ocasião, o projeto acabou arquivado.
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