Michel Temer quer que envolvidos se demitam

Temer, quer evitar novas baixas por conta de escândalos

[caption id="attachment_128511" align="alignleft" width="300"]DF - TEMER/EVANG  - nacional - 18NA1616  -  ANDR… DUSEK O presidente interino ficou irritado com a saída de Henrique Alves do Ministério do Turismo, antecipando-se a denúncias que surgirão nos próximos dias ( Foto: AE )[/caption] Segundo auxiliares, o presidente interino quer evitar novas baixas por conta de potenciais escândalos Brasília. Em reunião na manhã de sexta-feira (17), no Palácio do Jaburu, o presidente interino Michel Temer determinou aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), que conversem com todos os integrantes do primeiro escalão sobre qualquer envolvimento que possam ter com as investigações da Operação Lava-Jato. Temer ficou muito irritado com a saída de Henrique Eduardo Alves do Ministério do Turismo, antecipando-se a denúncias que surgirão nos próximos dias. Segundo auxiliares presidenciais, ele quer evitar novas baixas por conta de potenciais escândalos. Na reunião, os peemedebistas demonstraram preocupação com a delação de Fábio Cleto, que era vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Segundo um integrante do governo, há citação a Geddel. Cleto é afilhado político do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com as conversas, Temer busca blindar o governo. A ideia é que os principais auxiliares façam um "exame de consciência". "A prioridade zero do presidente é impedir que a Lava-Jato chegue ao governo. Ao Palácio do Planalto, então, nem se fala. A diretriz dada na reunião foi a de quem tiver qualquer envolvimento peça para sair", afirmou um interlocutor palaciano. Publicidade Henrique Eduardo Alves foi o terceiro ministro do governo interino de Temer a deixar o cargo após se envolver com a Lava-Jato. Antes dele, Romero Jucá deixou o Planejamento e Fabiano Silveira pediu demissão da Transparência após serem divulgadas gravações de Sérgio Machado. Nos áudios, Jucá diz que era preciso "estancar essa sangria", em relação ao avanço das investigações, e Silveira orienta o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a não antecipar informações à procuradoria-geral da República. Segundo este interlocutor, o Palácio do Planalto avalia que houve desgaste com a queda de três ministros no primeiro mês de governo, mas que ainda é possível estancar a crise e minimizar os danos causados por eles. Extinção de Ministério O presidente interino Michel Temer ainda não decidiu o que fazer com o ministério do Turismo após a saída de Henrique Eduardo Alves e estuda, inclusive, extinguir a Pasta. Caso resolva manter o ministério, o presidente interino quer que seja um nome reconhecido pelo mercado de turismo. Seja qual for a solução, Michel Temer avalia que não pode passar de semana que vem, já que esta é uma área fundamental durante as Olimpíadas, cuja abertura será no dia 5 de agosto. A Operação Lava-Jato descobriu uma conta secreta na Suíça de Henrique Eduardo Alves. Por conta disso, ele teria decidido sair do Ministério do Turismo e, consequentemente, dos holofotes da imprensa. Os investigadores já encontraram um extrato da conta bancária da qual ele é beneficiário e suspeitam que era usada para recebimento de propina no exterior. O caso do peemedebista é semelhante ao do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também mantinha recursos em uma instituição bancária suíça.

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