DIREITOS HUMANOS: Bolsonaro quer presidir Comissão

Famoso por defender medidas que reforcem a família tradicional, deputado acredita que colegiado será uma boa "vitrine" nas eleições

Brasília. Com o apoio do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido pela postura de enfrentamento com a comunidade LGBT e outros movimentos sociais, afirmou que trabalha para se eleger presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

Parlamentar que cumpre o sexto mandato, Bolsonaro é famoso por defender a ditadura militar, o rigor na educação dos filhos, e medidas que reforcem "a família tradicional". Ele apoiou o polêmico mandato de Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos, que gerou protestos frequentes na Câmara de grupos que defendem os direitos dos negros e homossexuais.

O comando das comissões deve ser definido neste mês pelos partidos políticos com representação na Câmara. As siglas com as maiores bancadas têm direito de escolher primeiro os colegiados que pretendem presidir. O PT, maior bancada da Câmara, se reúne na próxima terça (11) para definir qual das três comissões irá comandar.

"O nosso bloco, o PP-PROS, tem direito a duas comissões. Se o PT não quiser a Comissão de Direitos Humanos, há chances de ficarmos com ela e eu serei a indicação do partido. Já está definido", afirmou Bolsonaro ao G1.

O líder do bloco PP-PROS, Eduardo da Fonte (PE), afirmou que Bolsonaro está se saindo "muito bem" na tarefa de convencer a bancada a presidir a Comissão de Direitos Humanos.

Para Jair Bolsonaro, a Comissão de Direitos Humanos será uma boa "vitrine" nas eleições de outubro.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP) afirmou que o partido fará "todo esforço" para evitar que Bolsonaro presida a comissão. O PT tem a Comissão de Direitos Humanos como uma de suas prioridades dentre os colegiados.