Índios aceitam proposta do governo e deixam Secretaria da Educação de AL

Integrantes da Xukuru-Kariri deixam secretaria ainda nesta quarta-feira.

Após uma reunião para discutir as reivindicações da tribo Xukuru Kariri, os índios resolveram deixar a sede da Secretaria de  Estado da Educação e do Esporte (SEE), localizada no bairro do Farol, em Maceió, nesta quarta-feira (5). O representante da tribo, Gecinaldo Xukuru-Kariri, disse que o governo do estado se comprometeu a entregar, em um prazo de cinco meses, a Escola Estadual Indígena Miguel Celestino da Silva, em Palmeira dos Índios. A unidade de educação começou a ser reformada há um ano, mas a obra nunca foi concluída.

Segundo Gecinaldo Xucuru-Kariri, até o dia 19 de fevereiro, a Secretaria deve contratar uma empresa que ficará responsável pela obra. "Ficou acordado também que haverá um concurso para a contratação de professores e funcionários para trabalhar em nossa escola. Todas as nossas reivindicações foram aceitas e, por isso, resolvemos retornar para a nossa tribo e esperar o cumprimento desse prazo. Estamos dando mais um voto de confiança para o estado", afirma.

A Secretaria da Educação cedeu ainda o transporte da comunidade indígena para o município de Palmeira dos Índios, onde eles vivem. Os índios Xukuru-Kariri ocupam a Secretaria desde a última segunda-feira (3).

Estiveram presentes na reunião a secretária da Educação, Josicleide Moura e a procuradora federal Polireda Medeiros, além de representantes do Ministério Público do Trabalho, Conselho Estadual de Educação, Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos e Fundação Nacional do Índio (Funai).

A secretária Josicleide Moura disse que a SEE já vinha buscando alternativas para avançar no atendimento das demandas da tribo indígena.

Cerca de 80 integrantes da tribo Xukuru-Kariri ocuparam na última segunda-feira (3) a sede da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas, para cobrar a solução de um antigo problema: a conclusão da reforma da Escola Estadual Indígena Miguel Celestino da Silva, em Palmeira dos Índios.

Eles pediram uma reunião com vários órgãos para ter a garantia de que a escola seria reformada. Os indígenas foram até a Assembleia Lgesilativa na tarde de terça-deira (4) para expor os problemas da escola aos deputados. "Hoje, cerca de 170 crianças estudam em um galpão improvisado e em casas de taipa feitas por nós para que elas não fiquem sem aula", afirma.

Michelle FariasDo G1 AL