Um avião de passageiros de uma companhia da Malaysia Airlines caiu na Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, com 295 pessoas a bordo, disse a agência de notícias Interfax, nesta quinta-feira (17), citando uma fonte da indústria de aviação. Um assessor do Ministério do Interior ucraniano disse à agência que a aeronave foi abatida por um míssil terra-ar lançado por separatistas.

O assessor, Anton Gerashchenko, afirmou que todos os 280 passageiros e 15 tripulantes morreram. O avião da Boeing estava voando de Amsterdã para Kuala Lumpur, capital da Malásia, e caiu de uma altura de 10 quilômetros.  A companhia aérea informou por meio do Twitter que perdeu contato com o voo MH17. A empresa disse que a última posição conhecida do avião era sobre o espaço aéreo ucraniano. O avião de passageiros não entrou no espaço aéreo russo quando esperado, segundo uma fonte da aviação russa confirmou à agência Reuters. 

O líder separatista pró-Rússia Aleksander Borodai atribuiu a queda da aeronave às forças ucranianas. "Aparentemente, é mesmo um avião de passageiros, abatido na verdade pela Força Aérea Ucraniana", disse o Borodai à TV estatal russa Rossiya 24. Kiev negou o envolvimento das Forças Armadas ucranianas.

O confronto entre separatistas pró-Rússia e forças ucranianas na fronteira já provocou a queda de pelo menos dois aviões militares nesta semana. Nesta quinta, a Ucrânia acusou a Rússia de derrubar um de seus aviões de guerra, o que obrigou o piloto a ejetar, segundo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano. A Rússia negou que tenha sido responsável. 

Na última segunda-feira (14), outro avião militar ucraniano foi derrubado, causando a morte de dois tripulantes, enquanto quatro foram resgatados e outros dois aprisionados pelos separatistas. 

Um repórter da agência Reuters foi ao local e afirmou que dezenas de corpos estavam espalhados ao redor dos destroços ainda em chamas do avião de passageiros que caiu no leste da Ucrânia. Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos tinham sido encontrados até o momento no local, perto do vilarejo de Grabovo, e pedaços de corpos estavam espalhados por até 15 quilômetros. 

Partes quebradas das asas estavam marcadas com tinta azul e vermelha, as cores do emblema da Malaysian Airlines, que perdeu o contato com um voo que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, levando quase 300 pessoas.

Premiê determina investigação

O primeiro-ministro da Ucrânia, Areseny Yatseniuk, ordenou a abertura de uma investigação sobre a "catástrofe" com o avião da Malásia no leste da Ucrânia, disse a porta-voz do premiê Olga Lappo.
Putin falou sobre queda de avião na Ucrânia com Obama, diz Kremlin 

O presidente russo, Vladimir Putin, disse por telefone ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que um avião da Malásia caiu em território ucraniano, disse o Kremlin nesta quinta-feira. 

Os dois líderes estavam em uma ligação já programada sobre a situação na Ucrânia quando a informação sobre a queda do avião veio à tona a partir de relatos de controladores de voo. 

Avião da Malásia voava sem problemas até desaparecer do radar, diz chefe do espaço aéreo da Ucrânia 

O avião da Malásia que caiu no leste da Ucrânia estava voando normalmente, sem problemas, até desaparecer do radar, disse o chefe do órgão responsável pelo espaço aéreo da Ucrânia. 

"O voo estava ocorrendo normalmente... Não houve nenhuma palavra sobre qualquer problema da tripulação", disse Dmytro Babeychuk em entrevista coletiva. 

Mais de 300 morreram na queda de avião da Malásia, diz ministério ucraniano 

O número total de mortos na queda do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia é de mais de 300, incluindo 23 cidadãos norte-americanos, disse um assessor do Ministério do Interior ucraniano. 

"Mais de 300 pessoas inocentes foram mortas... sabe-se que 23 cidadãos norte-americanos foram mortos", disse Zoryan Shkyryak, segundo a agência de notícias Interfax. 

A companhia aérea disse que havia 280 passageiros e 15 tripulantes à bordo do avião. 

"Malaysia Airlines perdeu contato com MH17, que saiu de Amsterdam. A última posição conhecida era sobre o espaço aéreo ucraniano. 

Reuters